16 de set. de 2009

Buscando Rumos - Acreditar, por que não?

Por Luiz Henrique Chagas da Silva
Colunista do Blog

Esta semana deveria falar sobre Semana Farroupilha, afinal estamos exatamente na metade dela, mas, me permito tocar em outro assunto. Parece que as coisas realmente nunca acontecem por acaso, tudo tem suas razões e seus objetivos, nada, mas nada mesmo, acontece por acontecer, e o destino somos nós quem traçamos com nossas ações ou omissões.

Pois bem, durante esta semana, conversando por telefone com um grande amigo, que muito embora morando um pouco distante, é leitor assíduo do blog, para manter-se informado sobre esta terra, na qual pretende um dia vir trabalhar, exercer sua profissão. Este amigo deixou-me bastante preocupado, pareceu-me um tanto aflito, apreensivo, desmotivado, e principalmente, contrariado com seu local de trabalho, mais notadamente com a postura da chefia, acostumado que era em conviver com pessoas mais comunicativas e amáveis. Em dado momento, me afirmou estar um tanto quanto velho para novas investidas, em todos os sentidos.

O que dizer, principalmente se levar-mos em consideração que faz mais de quinze anos que não o vejo? As histórias, os fatos e as circunstâncias se assemelham sempre e trazem consigo, por conseqüência, soluções também semelhantes: lendo um e-mail que recebi, pensei ter encontrado as palavras necessárias e por esta razão, quero me permitir transcrever parte delas aqui:

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina, sê um arbusto no vale mas sê o melhor arbusto à margem do regato. Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore. Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva e dá alegria a algum caminho. Se não puderes ser uma estrada, sê apenas uma senda, Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela. Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso... Mas sê o melhor no que quer que sejas. Nos ensina ainda o grande poeta e mestre, que não se pode abdicar de nada, é preciso pelo menos sonhar, quando publica: Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

(Pablo Neruda).

Por isso, meu amigo, não se permita morrer lentamente.

Luiz Henrique Chagas da Silva Henrique é editor do Blog Tu Já Sabia e radialista nas horas vagas. Nascido em Herval, mas pinheirense por opção, assina a coluna Buscando Rumos.

Nenhum comentário: