1 de out. de 2014

Comissão começa inventário do Castelo de Pedras Altas até o final do ano

Técnicos serão disponibilizados para realização do trabalho
Uma reunião,na segunda (29), debateu o futuro do Castelo de Pedras Altas. 

O encontro ocorreu na Promotoria de Justiça entre representantes do Ministério Público, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Secretaria de Cultura do Estado, assim como prefeitura de Pedras Altas e produtores culturais. 

O primeiro promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Especializada de Bagé, Everton Luís Resmini Meneses, explicou que a ideia é a restauração do castelo e a preservação do acervo documental e bibliográfico. A reunião também tratou de uma obra de cobertura e da venda iminente. 

O superintendente do Iphan, Eduardo Hahn, explicou que a primeira fase do trabalho da comissão é a realização de um inventário. Para isso, cada um dos envolvidos disponibilizará mão de obra especializada. O esforço é para que o inventário comece até o final do ano. 

O inventário dos bens, móveis e integrados (que estão não só no castelo, mas nas outras construções ao redor), é um trabalho para verificação do que há no espaço. É importante organizar esse patrimônio, que deve ser preservado. É um processo longo, de acordo com ele, e precisa anteceder a etapa de recuperação das edificações. 

Ou seja, eles precisam ser retirados, limpos e preservados em ambiente adequado para retornarem após a conclusão da fase de recuperação. Hahn garante que o esforço é justificável, já que se trata de um patrimônio com importância nacional. “Queremos recuperar e viabilizar a abertura para utilização social”, destacou. 

Ele acrescenta que a intenção é formar uma entidade jurídica para executar a venda do imóvel para uma entidade que possa manter o patrimônio. Outro desafio é a cobertura provisória do imóvel, mas não há um prazo para começar tal intervenção. “O inventário deve começar este ano ainda”, garantiu, sobre o único prazo possível de ser apresentado. 

A diretora do Iphae, Mirian Sartori Rodrigues, comenta que também há uma intenção: a busca pelo tombamento nacional do imóvel, que hoje só é tombado pelo Estado. Isso deve ocorrer concomitantemente ao inventário: esse vai detalhar o que há no imóvel, que também passará a ser protegido (hoje, apenas o conjunto é tombado). 

A busca por um comprador é um desafio, uma vez que ainda não há nenhum comprador interessado. É justamente por isso, explica Meneses, que uma entidade jurídica deve ser formada: para viabilizar a venda.

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