16 de jan. de 2015

A retomada da ovinocultura gaúcha

O crescimento e a consolidação constatados em eventos como a Agrovino, que acontece até domingo em Bagé, ou a Feovelha, de Pinheiro Machado, são exemplos de que a ovinocultura gaúcha deixou para trás o cenário de perdas registrado em décadas anteriores. 

Para quem não lembra, por volta dos anos 1970, o RS possuía um número aproximado de 13 milhões de exemplares criados em seu território. Contudo, com o passar do tempo, aliado aos poucos investimentos e incentivos, o patamar reduziu drasticamente, chegando em torno de três milhões de cabeças. Ocorre que o cenário vem mudando. 

Com o entendimento dos governos, de que programas deveriam ser voltados, também, ao setor, a produção estabilizou. E até começou a evoluir, mesmo que ainda em porcentagens pequenas – média de 5%. Segundo dados da Secretaria Estadual da Agricultura, em novembro do ano passado, o montante era superior a 4,1 milhões de cabeças. E exposições como a que ocorre na Rainha da Fronteira, deixam esses números mais evidentes. Mesmo nova – está em sua sétima edição – a Agrovino já é tida como uma afirmação no cenário das feiras de ovinos. 

A cada ano eleva o número de animais inscritos, mas também demonstra o interesse pelo debate, como o realizado ontem, que tratou de levantar fragilidades e pontos fortes e, assim, traçar rumos para um crescimento contínuo da ovinocultura. E é assim que deve ser. Com união e interesses compartilhados, este setor tem tudo para retomar seu papel de destaque no Rio Grande do Sul. Ganha o produtor, que garantirá renda, e também o consumidor, que sempre terá à disposição uma carne nobre e cobiçada para um bom assado.

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