Demora no repasse de recursos do Estado ocasionou os atrasos nos pagamentos
Atendimentos de urgência e emergência estão sendo mantidos
Cerca de 30 servidores do Pronto Atendimento de Pinheiro Machado iniciaram uma paralisação na quinta-feira, 22. Os funcionários fazem parte da empresa Médicos e Associados de Pinheiro Machado (Mapim), a qual presta serviços terceirizados para a prefeitura.
A empresa possui contrato desde 2012 com a administração. Conforme a responsável pela prestadora de serviço, Márcia Fagundes, o motivo da paralisação é devido aos atrasos nos pagamentos. "Há pendências desde novembro do ano passado. Por isso, enviamos uma notificação para os nossos funcionários a paralisarem as atividades. Os serviços de emergência estão sendo mantidos, mas consultas eletivas estão sendo encaminhadas aos postos", explica Márcia.
Segundo a empresa, a prefeitura possui uma dívida de cerca de R$ 250 mil, sendo que já haviam sido comunicados sobre a situação dos atrasos em reuniões realizadas. "Há médicos que ainda não receberam o salário de novembro e hoje já estamos em janeiro. Os atrasos nos pagamentos estão chegando há 60 dias", questiona Márcia.
A Mapim solicitou 50% do pagamento da dívida total para a prefeitura, mas segundo a empresa, o Executivo ficou de oferecer aproximadamente R$ 70 mil. "É um valor ainda que não consigo pagar os salários. Se não houver um repasse solicitado, não teremos como manter todos os serviços", diz Márcia.
Secretário de Saúde e prefeito em exercício diz que medidas serão tomadas
Em contato com o prefeito em exercício e secretário de Saúde do município, Ronaldo Costa Madruga, ele frisou que os repasses do Estado estão atrasados há seis meses e a competência do mês de dezembro ainda o governo não recebeu.
"Nesse período, o município vem cobrindo o que o Estado não coloca. Agora não temos como colocar e acabou atrasando os repasses para as empresas que tem alguns funcionários terceirizados", explica.
Ronaldo ainda pondera que os pagamentos não estão atrasados para servidores, mas sim para os prestadores de serviço, que são contratados através de empresas. "Paralisaram dois dentistas. No Pronto Atendimento 24 horas que o município repassa os recursos, eles estão fazendo atendimentos de emergência e urgência. A gente já estudou novas medidas em razão da demora das verbas do Estado, pois não temos uma sinalização de quando o governo irá ajustar esses atrasos" acrescenta.
O novo estudo da administração é manter os serviços, porém reduzir o número de prestadores. "Estamos fazendo adequações necessárias para esse caso não aconteça mais", afirma Ronaldo.
Um repasse de recurso para a Mapim estava previsto para esta sexta-feira, 23, após a aprovação do Conselho Municipal de Saúde de Pinheiro Machado.
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