24 de fev. de 2015

Caminhoneiros da região aderem à manifestação nacional e paralisam BR 293


 Os caminhoneiros da região se mobilizaram, na tarde de ontem, na BR 293, próximo à Vila dos Umbus, em Pinheiro Machado. 

Dezenas de caminhões ficaram parados na estrada em protesto, principalmente pelo aumento do combustível. Os manifestantes bloquearam o trecho e incendiaram pneus na pista. Os bombeiros foram acionados para apagar o fogo. A cada hora de paralisação, a passagem é liberada durante 15 minutos, o que inclui os ônibus que operam as linhas entre Bagé e Pelotas. A exceção fica por conta de ambulâncias e cargas perecíveis, as quais têm passe livre. 

De acordo com um dos manifestantes, Gilson Soares, a classe está sendo muito prejudicada. "Nosso lucro em cada frete reduziu à metade. Por isso exigimos que o governo federal reveja o preço do combustível", argumenta. 

Segundo Soares, entre as reivindicações ainda estão o aumento do preço do frete, exigem salário com reajuste maior do que a inflação e melhores condições nas rodovias. Inclusive, no local do protesto já há problemas de estrutura, afirma o caminhoneiro. "Aqui tem um fluxo muito grande de pessoas, principalmente de crianças. Mas não tem um pardal, sequer. O ideal mesmo era uma passarela para os pedestres, mas não tem nada", reclama. 

Para o caminhoneiro Lauro Antônio Brandstettel, as más condições das vias são um grande problema para todos os motoristas. "Viajo muito pela BR 116, por exemplo, onde tem pedágio, mas a estrada é terrível. 

Na BR 290, próximo de Porto Alegre, não tem pedágio, mas também não dá para considerar aquilo uma estrada", exemplifica. Já para Aroldo de Oliveira, o grande problema é o preço do frete. "As empresas estão explorando a gente. Querem continuar pagando o mesmo valor que recebíamos antes desta suba nos combustíveis. Nós não temos como sobreviver assim", enfatiza. 

O morador de Pinheiro Machado, Nilo Antunes, voltava para casa de ônibus, após um dia de trabalho na usina de Candiota, às 18h30min de ontem, quando teve que esperar chegar os 15 minutos de pista liberada. "Tem que esperar, mas acho que eles estão certos. O preço dos combustíveis não é uma causa só deles, é de todos nós", destaca. 

Os profissionais, que se mobilizaram espontaneamente, ou seja, não foi através de sindicato ou qualquer outra organização, afirmam que vão permanecer na estrada até o governo federal dar algum retorno para a categoria. 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai acompanhar o movimento até o fim para garantir a segurança de todos.

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