Supermercados e postos de gasolina já encaram a falta de produtos
Os caminhoneiros continuam mobilizados nas estradas de oito estados brasileiros, por melhores preços nos combustíveis, aumento no valor dos fretes e estradas com melhores condições de tráfego.
Em diversos pontos, como na BR 293, próximo a Fábrica de Cimento, a rodovia fica bloqueada por um tempo e depois é liberada a passagem dos veículos.
Exceto caminhões, os quais são proibidos de seguir viagem e ficam estacionados. Essa situação já está trazendo reflexos aos municípios da região, com a falta de produtos.
A paralisação da BR 293 acontece próximo a um posto de gasolina.
A gerente do estabelecimento, Josiane Oliveira, conta que a empresa está tendo prejuízo com o diesel, já que nenhum motorista pode abastecer. "A gasolina continua sendo abastecida normalmente. Apesar da situação, acho certo este movimento, pois o preço realmente está muito alto", defende.
Durante a tarde de ontem, a Justiça Federal de Pelotas determinou a saída dos caminhões dos acostamentos das BRs 293, 392 e 116. A partir da notificação, os manifestantes têm uma hora para se retirarem, sob pena de terem que pagar multa de R$ 5 mil a cada hora que permanecerem nas vias. Até o fechamento desta edição, os caminhoneiros que estavam na BR 293 não haviam sido notificados.
Longas filas
O caminhoneiro, Lauro Airton Moreira que integra a manifestação, contou que pelo período de 30 minutos o trâfego é interrompido e depois por 15 minutos é liberado.
O aumento do combustível é um dos principais responsáveis pela mobilização dos caminhoneiros. "A nossa indignação é com o roubo deles e nós não podemos pagar essa conta", criticou Moreira em alusão aos escândalos que envolvem a Petrobras.
Por mais de uma hora, a reportagem acompanhou a manifestação na rodovia. Embora a parada provoque longas filas de pequenos veículos e ônibus na BR, quando é liberada a passagem, a maioria dos motoristas por meio de buzinaços apoiam a manifestação.
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