5 de mai. de 2015

Contenção de gastos de Sartori mantém obras paralisadas na região

Ao assumir o Estado, em janeiro deste ano, o governador José Ivo Sartori (PMDB) anunciou uma série de medidas de contenção de gastos. Os ajustes foram esquematizados, segundo ele, para equilibrar a saúde financeira do Rio Grande do Sul em um momento de crise. 

Contudo, em alguns segmentos, o reflexo dessas medidas não foi positivo. Muitas obras, algumas que já apresentavam problemas, não tiveram continuidade. E outras não têm nem previsão de sair do papel.

RSC 473 
A pavimentação da RSC 473 já se arrasta há mais de dois anos. O atraso na obra não está diretamente ligado à atual gestão. Contudo, as medidas de contenção de gastos de Sartori também tiveram reflexo na obra da estrada Bagé-Lavras do Sul. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer), através de sua assessoria de imprensa, afirmou que a obra permanece com ordem de paralisação. 

Porém, há duas semanas a 8ª Superintendência Regional da autarquia (Bagé) vem realizando os reparos necessários na estrada, para mantê-la em perfeitas condições de trafegabilidade. 

Segundo assessoria, o departamento está trabalhando para inserir a ERS-473 em um dos programas para aquisição de recursos junto ao Governo do Estado e, assim, poder dar continuidade às obras. No momento, não há uma data específica para esta retomada. E essa novela é apenas referente aos primeiros 22 quilômetros da estrada. 

O segundo trecho, que liga Torquato Severo ao Taboleiro, tem 23 quilômetros. O último trecho já compreende a ERS 357, que liga o Taboleiro a Lavras do Sul. O projeto total está orçado em mais de R$ 20 milhões e faz parte do Programa de Interligações Regionais do Daer. 

ERS 608 
Em setembro do ano passado, o Daer anunciava a celeridade com que estava sendo executada a obra de pavimentação da ERS 608, que liga Pinheiro Machado a Pedras Altas. Incluída no Plano de Obras do Governo do Estado, a estrada deveria ser inaugurada em junho deste ano. Mas ao que parece, a data não será cumprida. 

O engenheiro responsável pela pavimentação na empresa Entel, licitada para execução, contou que a obra parou em novembro porque o Daer deixou de fornecer o asfalto, que estava em falta. Em seguida, a gestão estadual trocou e o pagamento deixou de ser realizado. 

Em março, quando o Daer liberou o asfalto para a obra, a empresa já estava parada por falta de repasses. Ao todo, a obra tem custo de R$ 23 milhões, prevendo o asfaltamento de 33 quilômetros. A previsão inicial de entrega era para junho deste ano, mas até agora foi concluído apenas 60% do projeto.

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