25 de abr. de 2016

Um terço dos prefeitos gaúchos desiste de disputar a reeleição

Pesquisa da Famurs revela que a crise financeira e o desencanto com a política estão entre os fatores que mais afugentam os candidatos a chefe do executivo municipal

Um estudo realizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) demonstra que pelo menos um terço dos prefeitos do Rio Grande do Sul desistiu de tentar a reeleição em 2016. O questionário enviado pela entidade obteve 247 respostas. Desse total, 152 prefeitos estão aptos a buscar um segundo mandato. No entanto, 51 (33,5%) decidiram não participar do pleito em outubro deste ano. Destacam-se entre as justificativas apresentadas o desencanto com a política e crise financeira.

A pesquisa aponta que existem ao menos 24 municípios em que prefeito e vice optaram por não entrar na disputa eleitoral. “Ver prefeitos se afastarem da gestão pública é algo que nos preocupa. O fenômeno, no entanto, é compreensível. A falta de recursos dificulta a administração dos municípios. Da mesma forma, o descrédito da atividade política faz com que muitos gestores avaliem se vale a pena seguir na luta”, explica o vice-presidente da Famurs, Ederildo Paparico Bacchi.

Em 2015, como consequência da queda na arrecadação do Estado e da União, os municípios gaúchos deixaram de receber R$ 956 milhões.

O prefeito de Pinheiro Machado já havia comunicado que não seria candidato à reeleição. Na oportunidade Felipe disse que não iria em busca da reeleição, por que ficou frustrado. 

"Fizemos um plano de governo para oferecer mais para a comunidade e não conseguindo isso, acabamos frustrados. Acredito que devemos deixar para outras pessoas e torcer para que nosso país saia dessa crise. Não me sinto a vontade, nem habilitado a disputar uma reeleição", disse Felipe.

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