16 de jun. de 2016

Trabalhadores da usina de Candiota param após atraso de salários

Mais de 100 trabalhadores da empresa J.R. Pinheiro Transportes e Construções estão paralisados em Candiota. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário, Nicanor Fara, a terceirizada da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) não efetuou o pagamento da folha do mês de maio e, por isso, a mobilização dos funcionários. Tanto a terceirizada quanto a CGTEE foram notificadas pela representação sindical do grupo e, de acordo com Fara, a contratante tem 72 horas para regularizar a situação. Caso isso não ocorra, na próxima semana os trabalhadores devem anunciar uma paralisação por tempo indeterminado - eles prestam serviços de limpeza na usina de Candiota. 

Impasse 
O sindicalista comentou que o atraso no pagamento de funcionários "é prática das terceirizadas da CGTEE". A informação, porém, é de que o impasse terá fim amanhã, com o pagamento dos vencimentos salariais. Isso foi informado para o sindicato na terça-feira, após o início da paralisação. Ontem, a CGTEE emitiu uma nota oficial, por meio de sua assessoria de imprensa. 

Conforme a companhia, "a empresa J.R. Pereira não vem cumprindo com suas obrigações contratuais e legais para atendimento ao serviço contratado, pois não apresentou as garantias e as certidões legalmente exigidas para que pudesse fazer jus ao recebimento da fatura dos serviços, fatos estes única e exclusivamente de sua responsabilidade". A nota pondera que a CGTEE é uma empresa pública, que tem o dever de exigir o cumprimento das obrigações contratuais e legais dos seus contratados. "Não obstante, a CGTEE está utilizando todos seus esforços, em apoio à sua contratada, para solucionar as pendências o mais rápido possível e, assim, não prejudicar os trabalhadores da empresa contratada", esclarece. "Neste sentido, tendo a J.R. Pereira Transportes e Construções entregue a certidão pendente somente nesta data (ontem), a CGTEE está agilizando a finalização do processo de pagamento, dadas as necessidades formais do contrato, para regularizar a situação", finaliza.

Pagamento está previsto para hoje 
O proprietário da empresa J.R. Pinheiro Transportes e Construções, Jéferson Rodrigues Pereira, confirmou, por telefone, que o pagamento dos trabalhadores está previsto para hoje. Ele esteve, ontem, na CGTEE, em Porto Alegre, onde tratou sobre o contrato. Para a reportagem, esclareceu que permaneceu quatro anos na Justiça para assumir o contrato. 

Quando isso ocorreu, os valores acertados antes de tal período estavam defasados. Ele ponderou que o atraso no pagamento, de pouco mais de uma semana (estava previsto para o quinto dia útil), foi justificado para os trabalhadores. "Pagamos o primeiro e o segundo mês e a CGTEE não repactuou os valores. Levaram quatro meses para isso, o que ocorreu hoje (ontem)", argumentou.

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