9 de mar. de 2017

Professores do Estado deflagram greve

Os professores da rede estadual de ensino decidiram, em assembleia realizada na tarde de ontem, em Porto Alegre, pela adesão à greve geral nacional, marcada para começar no dia 15 de março. 

A categoria reivindica o cumprimento da lei do piso nacional, o pagamento integral do 13º salário - que foi parcelado pelo governo do Estado -, a correção do vale-refeição e, ainda, investimento de 30% na área de educação. A mobilização também é contrária à reforma do Ensino Médio e da Previdência. 

Após assembleia da categoria, que ocorreu no Gigantinho, os professores partiram em caminhada até o centro da capital gaúcha, mais especificamente até a Esquina Democrática, entre a avenida Borges de Medeiros e a rua dos Andradas. 

A Greve Nacional Unificada, a partir do dia 15 de março, também conta com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. É importante destacar que a greve dos professores do Estado é por tempo indeterminado. A presidente do 17º núcleo do Cpers Sindicato, Rosane Leite Mathucheski, diz acreditar que, como será uma greve geral, com o engajamento de várias categorias, haverá "uma boa adesão". 

Nota oficial 
A Secretaria da Educação divulgou nota oficial sobre a decisão dos docentes. No texto, a pasta considera a medida "inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 iniciou nesta segunda-feira e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes". Também, destaca que "o país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes", e o Rio Grande do Sul atravessa a maior crise econômica de sua história. "No entanto, o governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional", informa a nota. Por fim, elucida que, nos últimos meses de 2016, "o Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo", e que "a Secretaria da Educação confia que os professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar".

http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2017/03/09/professores-do-estado-deflagram-greve

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