7 de mai. de 2012

Quem pagará a conta?

Por Miguel Régio. Ainda bem que existem pessoas que nos laçam pelos pés quando passamos em devaneios e nos trazem ao chão da razão. São pessoas práticas, objetivas e racionais, que vêm um problema de cada vez e analisam suas múltiplas implicações. É essa diversidade que torna o mundo um lugar interessante; não fosse assim viveríamos como autômatos, voltados sempre para uma mesma direção, com os mesmos gostos, as mesmas cores, os mesmos objetivos, enfim, seria um mundo monocromático e impossível, pois não haveria a multiplicidade de profissões e atividades que nos permitem viver em sociedade.

Agradeço, portanto, à lógica do comentarista que fez a pergunta que dá título a este texto, mas antes de responder essa pergunta gostaria, também, de fazer algumas:

- É possível atribuir valor a uma emoção?
- Há um preço definível (que seja igual para todos), que se possa atribuir a uma satisfação?
- Existe, nesse mundo especializado de hoje, um local onde se possam comprar coisas como honra, amor, alegria, gratidão...?
- Quanto vale a liberdade? E o direito de escolha?

Por certo haverá um custo se a cidade trocar de nome, mas será ele tão alto que vá diminuir o sorriso, a alegria, o brilho de felicidade nos olhos dos vencedores? Será que nossos antepassados, que pagaram compulsoriamente o preço da mudança em 1915, não achariam essa pergunta irrisória?

Há pouco tempo a população de Não-Me-Toque não aceitou a mudança do nome para Campo Real e trouxeram o nome antigo de volta. Apenas uma geração pagou duas vezes o que não precisaria ser pago. Será que se arrependem?

Troca de documentos, placas de veículos, mapas e documentos oficiais são coisas que podem ser trocadas na época de seu vencimento ou então com um simples “substituir por” na tela dos computadores. Placa de veículo não se troca, apenas a plaqueta com o nome da cidade.
Existem coisas mais importantes a serem feitas, mas para essas questões temos nossos representantes legitimamente eleitos.

Por que o povo não pode se dar a um luxo desses? Quem, afinal, sempre paga todas as contas?
SE o nome for trocado para CACIMBINHAS será fruto de uma escolha democrática, popular e majoritária, e não da vontade de um déspota ou de uma minoria!

11 comentários:

Anônimo disse...

EU ACHO Q TEM VOLTA O NOME MESMO Q ERA ANTIGAMENTE PORQ O MUNICIPIO TA RECREDINDO MESMO AI FICA TUDO CERTO

Anônimo disse...

Parabéns Miguel pela sua iniciativa, mas penso que será uma empreitada que ja nasce morta por vários motivos: Como vc mesmo sabe haverá custos e nós estamos cansados de gastar com coisas que não nos trazem retorno, será que nossa juventude vai querer dizer que nasceu em Cacimbinhas??, ( quando nasceram era Pinheiro Machado, não vai se criar um motivo para daqui alguns anos se gastar novamente, O que aconteceu com os antepassados não há como mudar pois os atingidos já não estão entre nós, Quanto as placas se não forem do modelo novo terá que ser trocada toda a placa,E minha última pergunta onde se vê "luxo" na troca do nome? Deixo claro que não sou contra sua iniciativa apenas acho um gasto desnecessário para uma cidade que tá na falência total só fazendo o mínimo do mínimo.

Anônimo disse...

Eu, sinceramente não consigo entender o motivo pelo qual as pessoas querem trocar novamente o nome da cidade?Com tanta coisa para reclamar,pedir,questionar...eu não me importo com o nome!!Eu me importo se vai ter emprego,eu me importo se vamos ter casas populares,eu me importo se os comerciantes vão assinar as carteiras dos seus funcionários...queremos é ordem e progresso!!!!

Anônimo disse...

Queremos saneamento básico ,calçamento casas populares para pessoas de baixa renda,creche concluida o mais rápido posível e não uma troca de nome isto não nos levaria há nada!!!!

Anônimo disse...

É verdade. Não vejo o que muda com a mudança de nome...
O que realmente é mais importante: Usar de verbas para a cidade MELHORAR, seja na infra estrutura, na educação, na saúde, no bem estar de todos que aqui moram, ou mudar de nome?? O que acrescenta mais à nossa população?
Mudança de nome é SÓ E APENAS uma mudança de nome. Eu nasci em PINHEIRO MACHADO E SOU PINHEIRENSE.
Vão achar mais com o que se preocupar, do que ficar inventando besteira...
Tome atitude e faça algo que AJUDE, MUDE, ACRESCENTE A TODOS DESSA CIDADE!

ACORDAAAAAAAA, PINHEIRO MACHADO!

Anônimo disse...

olha Mario Miguel respeito tua opinião e admiro teu conhecimento e inteligencia,mas convenhamos que esse nome cacimbinhas é horrivel.cara canaliza tudo isso de bom que tens para algo que seja realmente importante para aqueles que estão ai vivos e entristecidos de ver PINHEIRO MACHADO OU CACIMBINHAS como queira nessa penuria.tenho certeza que dessa cabeça pode sair coisa melhor.

Anônimo disse...

Mário Miguel, usa tua já reconhecida inteligência em assuntos mais interessantes, escrevendo por exemplo como poderíamos resolver o problema de nosso hospital, quem sabe com teu prestigio encabeçar uma campanha para melhorias no mesmo. Este assunto Miguel vai de encontro aos anseios da população. Temos excelentes médicos que aí estão sem as mínimas condições de trabalharem. Pensa nisso...

Anônimo disse...

Respeito a opinião de todos e acho que nós, cidadãos pinheirenses ou cacimbinhenses, temos o dever de saber da nossa história. Quanto a um plebiscito, talvez eu votasse em branco. Por que? Falam nos antepassados, aí eu fico me perguntando: - os meus antepassados eram de que lado? Porque eu quero votar do lado deles, concordo que foi um ato arbitrário do Ney, mas muitos eram correligionários do Senador Pinheiro Machado. Portanto, prefiro deixar meus antepassados em paz...

Anônimo disse...

verdade, isso seria a cara do município mesmo, RETROCEDER!!
e a saúde, segurança entre outras coisas?? quem vai pensar nisso e fazer algo por isso, e seguem nossos jovens indo embora da cidade porque as energias são usadas para mudar o nome da cidade e não para trazer novas frentes de trabalho...vergonha!

Anônimo disse...

CONCORDO COM OS COMENTARIOS FAVORAVEIS À PINHEIRO MACHADO.

Roger Oliveira disse...

Acho muito importante preservarmos a nossa história e vou procurar adquirir o livro do Miguel Régio para saber mais detalhes sobre a antiga Cacimbinhas.
Não sou contra a mudança de nome, mas este não é o momento. Digamos que "Pinheiro Machado precisaria estar melhor das pernas para voltar à ser Cacimbinhas". Há quanto tempo não nasce um Pinheirense ou Cacimbinhense no nosso hospital? Nosso município perde seus filhos para centros maiores porque não temos emprego por aqui, Caxias do Sul, por exemplo está tomada de conterrâneos.
Precisamos investir em educação, cultura, melhorar o aspecto da cidade (limpeza, iluminação, áreas de lazer...) e quando estivermos melhor preparados aí sim poderíamos pensar nessa mudança.

Roger