27 de nov. de 2020

Realizada caminhada no Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher em Pinheiro Machado

Foto: Eunice Garcia
Na manhã de quarta-feira (25), Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, a Prefeitura de Pinheiro Machado, através do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e da Secretaria de Saúde, promoveu uma passeata pelo Centro da cidade. O ato também recebeu apoio da Paróquia Nossa Senhora da Luz.

A caminhada silenciosa reuniu dezenas de pessoas e teve o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do respeito às mulheres e, também, como forma de protesto pelos altos índices de feminicídio na região.

A data de 25 de novembro é o primeiro dia da Campanha Internacional de Prevenção à Violência Contra a Mulher que vai até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O evento foi idealizado pela psicóloga Daiane Gomes e pela assistente Social Juacema Costa. “Estamos muito felizes com a união de todos que participaram do evento e a sensação é de dever cumprido. A mensagem foi passada, agora cabe a cada um fazer a sua parte. Não podemos fechar os olhos para a violência contra as mulheres”, frisou Daiane.

O ato encerrou em frente à Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Luz, onde o padre Junior Conrado deu uma bênção às mulheres, aos participantes e organizadores do evento.

Dados

Neste ano, desde que a pandemia teve início, o número de casos de agressões e violência contra as mulheres cresceu de forma alarmante. Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública do estado, até o mês de outubro, 1.466 mulheres foram estupradas e outras 15.299 mulheres sofreram lesões corporais.

“É um tema muito delicado e difícil de abordar, mas precisamos divulgar e demonstrar através de ações que ninguém está sozinho. É a primeira vez que Pinheiro Machado realiza uma mobilização neste sentido”, relatou a psicóloga.

Existem vários tipos e formas de violência praticada contra as mulheres, seja ela em âmbito familiar ou não, é necessário denunciar, buscar ajuda nos órgãos competentes. A mulher agredida deve procurar a Delegacia de Polícia ou a Delegacia da Mulher para denunciar.

Ainda, os dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH) mostram que em abril, quando o isolamento social já durava mais de um mês, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180 deu um salto: cresceu quase 40% em relação ao mesmo mês de 2019.

“Este período de pandemia agravou a situação, não podemos nos calar. Tomamos todos os cuidados de higienização e distanciamento e fomos para a rua buscar apoio da comunidade nesta luta”, finalizou Daiane.

O número para denúncias na Central de Atendimentos à Mulher é o 180. O serviço recebe denúncias ou relatos de violência, reclamações sobre os serviços da rede e orienta as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente. 

Fonte: Jornal Tradição

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