19 de ago. de 2009

Funcionários remanejados pelo executivo causam polêmica

Outro assunto que foi alvo de um debate polêmico na sessão desta terça na Câmara de Vereadores foi o repentino remanejamento de três funcionários do quadro efetivo, ligados à Secretaria Municipal da Saúde e Ação Social. Um deles é o vereador Vilson Jorge (PSDB), com 12 anos de serviços na secretaria. Os dois outros também estavam na saúde há vários anos: Marilei Valério (21 anos) e Luiz Carlos (10 anos).

O agravante é o possível motivo levantado pelos vereadores da oposição: os três funcionários teriam ligação com o PSDB e o remanejamento teria sido uma represália política, em razão da reprovação do Projeto de Lei nº 32, que criava novos CC's. Os três funcionários estiveram presentes na sessão.

O vereador Ulisses Francescatto (PSDB) foi o primeiro a falar sobre o assunto. "Tá começando a perseguição política", disse o vereador. "No último mandato, eu disse que o Prefeito Felipe ficaria na história como mau gestor. Mas nesse pequeno tempo, o Fernandinho dá de 10x0 nele", alfinetou Ulisses, se referindo a atual administração.

O vereador Jackson Cabral (PSDB) disse também não ter dúvidas. "É uma retaliação política, como aliás, aconteceu no mandato anterior e nós condenamos. Agora tiraram ótimos funcionários, com qualidade comprovada pela comunidade e vão colocar quem no lugar?", disse o vereador. Cabral completou, dizendo que a troca de secretarias não seria por desvio de função, já que dois dos funcionários pertencem ao quadro da Secretaria de Obras e, portanto, permaneceriam em desvio.

Um dos envolvidos na troca, o vereador Vilson Jorge (PSDB) mostrou-se indignado com a situação. Apresentando um ofício, onde o secretário da saúde, Paulo Fernando Martins, encaminhava os funcionários à Secretaria da Administração, Vilsinho dizia: "O secretário não teve capacidade nem de assinar o ofício. Tá aqui, na minha mão, sem assinatura", disse o vereador.
Vilsinho ainda citou o caso de dois enfermeiros, demitidos há alguns dias: "Disseram que não era perseguição, que eles não seriam substituídos, que era contenção de despesas. Poucos dias depois, trouxeram dois substitutos de Pelotas para as funções", disparou.

Os vereadores da bancada do governo acabaram prestando solidariedade aos funcionários, também não concordando com a atitude. Mas preferiram evitar a precipitação ao avaliar os possíveis motivos que levaram o executivo a tomar a decisão, dizendo não terem ainda conhecimento das razões.


No próximo post: vereador ameaça deixar ala governista na Câmara.

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