13 de jan. de 2009

Segurança... Ou falta de segurança?

Quantas vezes já não reclamamos, por algum motivo, da falta de segurança pública?
Em Pinheiro Machado, não poderia ser diferente. Quem de nós já não reclamou pela falta de policiamento nas ruas, pela demora com que certas vezes a BM atende às chamadas, enfim, alguns tantos outros motivos que talvez nem seja necessário enumerar. Eu mesmo já critiquei algumas vezes.
Mas alguns dias atrás, conversando com um policial militar da cidade que eu prefiro não identificar, comecei a ver melhor o outro lado da moeda. Há poucos anos atrás, Pinheiro Machado contava com cerca de 50 policiais militares, o que permitia uma melhor distribuição do efetivo. Havia patrulhamento com as viaturas, a cavalo, a pé... E é só puxar um pouquinho pela memória, que dá realmente pra lembrar disso.
A realidade hoje é outra. Segundo este policial, a BM de Pinheiro Machado conta atualmente com 11 policiais. Não é possível, segundo ele, nem atender ao turno de trabalho do Pelotão, que necessitaria de pelo menos 12 policiais para fazer o revezamento. Acaba que sempre um dos policiais tem de repetir o turno para atender as necessidades.
Juntam-se a isso as péssimas condições das viaturas, que são poucas, o baixo salário recebido... Dá pra começar a tentar realmente ver o outro lado da situação.
Na Polícia Civil, a situação não muito diferente. Poucos policiais, as condições de trabalho também não são das melhores... e nem um delegado efetivamente na cidade nós possuímos. Até mesmo na Polícia Rodoviária Federal, o número de policiais é o maior problema: apenas quatro.

Creio que já está mais do que na hora de que os governos, principalmente na escala estadual e federal, sejam cobrados e dêem uma olhada com mais atenção sobre a situação de nossa cidade em relação ao assunto.
E antes de reclamarmos, talvez seja necessário ver o lado dos policiais, que nem sempre são os verdadeiros culpados por este certo "descaso".

2 comentários:

Vinicius Peraça disse...

Que o efetivo da BM e das demais polícias é pequeno, ninguém pode discordar. O salário baixo também (exceto na Polícia Rodoviária que, pelo que eu saiba, paga bem) é um fator importante. Mas isso não pode servir de explicação para abusos e descaso. Nada justifica um policial intimidar com uma arma um guri que anda de carro sem carteira, enquanto as ruas andam cheias de sujeitos com drogas que todos conhecem. Qual o critério disso? Vão querer me convencer que isso é porque a viatura é ruim ou o efetivo é pequeno...?!

Anônimo disse...

Acredito que em tudo na vida precisamos ver os dois lados da moeda.
Realmente temos um efetivo que deixa a desejar, temos o descaso das autoridades competentes que não se importam com as cidades do interior achando que violência só acontece nas grandes cidades.
Mas, acredito também que, além de devermos olhar os dois lados da moeda para depois criticar, devemos analisar o lado "educação".
Ninguém se importa com a educação preventiva. Precisamos ensinar nossas crianças desde o berço os reais princípios para se viver com ética e dignidade.
O que são os drogados senão umas pessoas que não tem bons exemplos em casa?
Enfim, são assuntos muito polêmicos e de várias interpretações.
Mas, que realmente, não dá para ficar culpando uns e outros pelo pouco efetivo, falta de condições entre outras coisas, não dá mesmo.
Sempre se encontra uma solução para um problema, por maior que ele possa parecer.
Força de vontade conta muito!