Eigatimaula! pergunta: Ronaldo Madruga

Foto: João André Lehr

Finalmente, publicamos hoje a entrevista realizada pelos leitores, através de perguntas enviadas ao blog, com o presidente do Legislativo Municipal, Ronaldo Madruga.

O vereador alegou compromissos particulares e profissionais para o fato de não ter respondido anteriormente os questionamentos, o que é perfeitamente compreensível.

Abaixo, então, as perguntas enviadas ao vereador e suas respostas:

- O que o motivou a entrar na vida política? Pretende seguir adiante, tem alguma ambição?
Melhorar a qualidade de vida da comunidade o qual moro.
Sim, desde que observado se a comunidade aprovou o meu trabalho. Falar em ambição política, ainda é um pouco cedo.


- A câmara pinheirense é conhecida pelo despreparo legislativo de alguns vereadores e por se resumir ao populismo (mandar tapar um buraco ali, ajudar alguém a comprar um remédio ali...). O que tu estás fazendo para mudar isso e tornar a casa, de fato, uma legisladora e fiscalizadora?
Não podemos responsabilizar a Câmara, por colocações e solicitações feitas por os Vereadores. Cada agente político deve filtrar o que realmente é necessário, dentro das peculiaridades da comunidade. O povo tem os governantes e representantes que escolheram. Posso sim afirmar, que estou fazendo um trabalho diferente atendendo a comunidade manhã e tarde, todos os dias, apresentando, indicações, proposições e projetos de tamanha relevância aos munícipes; e apenas me proponho fazer diferente, assim vou mencionar algumas ações:
- Ouvidoria;
- 0800;
- Escola do Legislativo;
- Abono permanência para os funcionários públicos;
- Ampliação da licença maternidade para as funcionárias públicas;
- Câmara no interior;
- Espaço do Vestibular;
- Perceber 100% do Imposto Territorial Rural;
- Implantação do Procon;
- Auxilio moradia para os Policiais Civis;
- Aquisição mamógrafo;
- Cobertura da quadra da Vila Umbu .


- Após as eleições de 2008, ficou evidente que o senhor seria o “fiel da balança” para definir se a atual situação ou a oposição teria maioria na Câmara. Chegou a ser comentado que o senhor teria já se acertado com os vereadores do PSDB e que, na última hora, teria mudado de lado. A história é verdadeira? Caso positivo, porque mudou de idéia?
Continuo sendo o fiel da balança, quero deixar isso bem claro, até porque entendo que a Câmara não é um cartório de homologação do prefeito, se as coisas acontecem no município é porque o Legislativo autoriza.

O Executivo como o próprio nome já diz, executa; também menciono que sou da base aliada do governo, o que não me tira o direito de apontar erros e propor soluções, até porque, sou um representante do povo, e não do prefeito, fui eleito com a maioria dos votos. Sempre tive posicionamento, e vou continuar tendo, querendo ou não vou ser o voto de “minerva o fiel da balança” durante os quatro anos. Se observar que um projeto é um desastre político e for pressionado para votar naquela sessão em que houve empate, tenho direito de pedir vistas do projeto e estudar muito o assunto.

Quanto à negociação da Presidência da Câmara, fiz três a quatro reuniões com os Vereadores do PSDB, o que desde o início deixaram bem claro que os dois primeiros anos seriam do PSDB e os dois últimos do PP, logicamente falando meus.
E muitas vezes comentaram comigo que o Vereador Moura Neto estava articulando para que o PSDB firmasse compromisso com um dos Vereadores da coligação. Quanta ironia! Respondi: - Continue em frente, esta tudo bem, pois quem se digladiava nos discursos eram vocês, vamos testar como fica a opinião do povo sobre este assunto! Eu, “peça chave deste tabuleiro, coringa”, deveria ter prioridade. Então foi ai que procurei o Vereador Jaime e negociamos, com o PDT, PT, e PMDB.

- Se o senhor pudesse assumir o cargo de prefeito de Pinheiro Machado por um dia na atualidade, qual seria sua primeira ação? E do que se tem feito na atual administração, o que deixaria de fazer?
Buscaria alternativa, para tornar a saúde uma referência. Na administração pública, deixaria de assumir as responsabilidades que são obrigações do Estado

- O Sr. acha que discussões na câmara de vereadores sobre corrupção dos partidos nas esferas estadual e federal, como aconteceu em algumas das últimas sessões, trazem algum benefício para a nossa comunidade?
Sim, trás esclarecimentos a comunidade, para realmente conhecerem seus representantes, pois sabemos que no Estado do Rio Grande do Sul, as pessoas possuem o dom da oratória e não da leitura, e as sessões da Câmara estão sempre lotadas, este é o melhor momento.