9 de jul. de 2009

Coluna de Quinta - A surpresa pelo essencial

Por Vinicius Peraça
Colunista do Blog

No final de semana passado fiquei surpreso com uma coisa nas ruas de Pinheiro. Estavam inexplicavelmente limpas, sem mato crescendo à beira das calçadas. Como tradicionalmente ocorre na época da Feovelha, quando limpam e pintam somente aquelas ruas por onde os visitantes passam e que levam ao Parque Rural.

Ao contrário do que ocorria quando lá no começo dos anos 90, quando era reconhecidamente um dos mais limpos e bem cuidados municípios dentre os pequenos do Estado, os últimos anos tornaram Pinheiro no cenário ideal para um filme que precise de uma cidade abandonada. Casas mal cuidadas, patrimônio público depredado e ruas sujas e esburacadas.

Bem, as casas continuam na mesma. Mas boa parte da culpa por isso é das dificuldades econômicas que os proprietários dos imóveis têm. Afinal, Pinheiro não dá muitas oportunidades de emprego e, portanto, o dinheiro gira pouco e a renda é baixa. O cuidado com o patrimônio público parte da administração municipal, é claro. Mas cabe também à população cuidar. Só que a falta de educação faz com que não exista essa preocupação por parte de uma grande parcela das pessoas. E os buracos nas ruas? Bem, esses até hoje não entendo. Abrem as ruas para arrumar e deixam pior do que estavam. Ah, já sei! O responsável pelas obras deve ser o Almir. Só pode ser essa a explicação.

Mas nos últimos dias notei que pelo menos as ruas estão com visual melhor, com a limpeza do mato que crescia rente aos cordões das calçadas. Triste isso ter que virar assunto aqui no blog, já que é parte das obrigações essenciais da administração municipal manter a cidade limpa. Questão de respeito ao cidadão e, sobretudo, saúde pública.

Das duas uma: ou alguém tomou vergonha pelo tamanho do descaso com Pinheiro ou então estamos às vésperas de uma Feovelha fora de época. No que vocês apostam?


O jornalista pinheirense Vinicius Peraça escreve a seção Coluna de Quinta, onde fala sobre assuntos de Pinheiro Machado. Mas também pode produzir outros textos. Sempre, é claro, às quintas-feiras.

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