Por Vinicius Peraça
Colunista do Blog
É uma discussão sem fim. Afinal de contas, é uma boa notícia ou não a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos em 2016? Independentemente das opiniões pessoais, o que irrita é o radicalismo de quem apoia ou condena a realização do evento no Brasil.
Os radicais pró-Olimpíada estufam o peito para dizer que haverá uma mudança no país, especialmente no Rio. Citam o exemplo de Barcelona, que após os jogos ficou com a herança de uma cidade moderna e bem estruturada. Só esquecem de falar que até agora o único exemplo de uma edição olímpica em que o dinheiro empregado gerou um legado indiscutível foi esta, em 1992. Pequim, sede da última edição da Olimpíada, é mais um caso de mau uso dos jogos para a sociedade. O belo Ninho de Pássaro só serve para fotografias. Quase nenhuma competição é sediada no estádio pouco mais de um ano após as disputas na China. Já Atenas até hoje paga pelas obras para a Olimpíada de 2004.
Enquanto isso, os xiitas contrários a Rio 2016 usam como argumento os gastos. “Porque não usam todos estes bilhões para construir hospitais?”, questionam. Citam também a farra dos superfaturamentos do Pan e dos elefantes brancos que restaram no Rio de Janeiro. Mas nem tocam no mérito brasileiro por ser o único país até hoje na América do Sul a conquistar o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo. Aliás, em todo o hemisfério sul apenas a Austrália já havia promovido uma Olimpíada. Além disso, o esporte é sabidamente uma fonte inesgotável de lucro graças à paixão que gera. Não há lugar no mundo em que não se assista uma competição esportiva e quase todas as grandes empresas investem direta ou indiretamente no esporte. Ou seja, o Brasil estará na vitrine e atrairá as atenções e investimentos do mundo durante os próximos anos. O que tende a se refletir na economia e na sociedade de alguma forma.
Ou seja, a Olimpíada no Brasil é um fato. Não há como voltar no tempo e trocar o nome da cidade no envelope do Comitê Olímpico Internacional, os jogos irão ocorrer. E têm tudo para ser bons para o país. Da mesma forma que podem se tornar um fardo a ser carregado por muitos anos. É preciso que se abandone o radicalismo, o oito ou oitenta. De nada adianta botar na cabeça o pensamento que “vai ser uma roubalheira, não tem jeito”. Temos que ter consciência de que os Jogos Olímpicos Rio 2016 são um grande evento e que podem render bons frutos para a sociedade. Só não podemos jogar a expectativa de uma solução para todos os problemas do país, assim como eles não podem ser os culpados por todas as desgraças e pela corrupção.
Colunista do Blog
É uma discussão sem fim. Afinal de contas, é uma boa notícia ou não a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos em 2016? Independentemente das opiniões pessoais, o que irrita é o radicalismo de quem apoia ou condena a realização do evento no Brasil.
Os radicais pró-Olimpíada estufam o peito para dizer que haverá uma mudança no país, especialmente no Rio. Citam o exemplo de Barcelona, que após os jogos ficou com a herança de uma cidade moderna e bem estruturada. Só esquecem de falar que até agora o único exemplo de uma edição olímpica em que o dinheiro empregado gerou um legado indiscutível foi esta, em 1992. Pequim, sede da última edição da Olimpíada, é mais um caso de mau uso dos jogos para a sociedade. O belo Ninho de Pássaro só serve para fotografias. Quase nenhuma competição é sediada no estádio pouco mais de um ano após as disputas na China. Já Atenas até hoje paga pelas obras para a Olimpíada de 2004.
Enquanto isso, os xiitas contrários a Rio 2016 usam como argumento os gastos. “Porque não usam todos estes bilhões para construir hospitais?”, questionam. Citam também a farra dos superfaturamentos do Pan e dos elefantes brancos que restaram no Rio de Janeiro. Mas nem tocam no mérito brasileiro por ser o único país até hoje na América do Sul a conquistar o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo. Aliás, em todo o hemisfério sul apenas a Austrália já havia promovido uma Olimpíada. Além disso, o esporte é sabidamente uma fonte inesgotável de lucro graças à paixão que gera. Não há lugar no mundo em que não se assista uma competição esportiva e quase todas as grandes empresas investem direta ou indiretamente no esporte. Ou seja, o Brasil estará na vitrine e atrairá as atenções e investimentos do mundo durante os próximos anos. O que tende a se refletir na economia e na sociedade de alguma forma.
Ou seja, a Olimpíada no Brasil é um fato. Não há como voltar no tempo e trocar o nome da cidade no envelope do Comitê Olímpico Internacional, os jogos irão ocorrer. E têm tudo para ser bons para o país. Da mesma forma que podem se tornar um fardo a ser carregado por muitos anos. É preciso que se abandone o radicalismo, o oito ou oitenta. De nada adianta botar na cabeça o pensamento que “vai ser uma roubalheira, não tem jeito”. Temos que ter consciência de que os Jogos Olímpicos Rio 2016 são um grande evento e que podem render bons frutos para a sociedade. Só não podemos jogar a expectativa de uma solução para todos os problemas do país, assim como eles não podem ser os culpados por todas as desgraças e pela corrupção.
O jornalista pinheirense Vinicius Peraça escreve a seção Coluna de Quinta, onde fala sobre assuntos de Pinheiro Machado. Mas também pode produzir outros textos. Sempre, é claro, às quintas-feiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário