24 de jun. de 2010

Marroni encaminha pedido de tombamento do Castelo de Pedras Altas

Foto: AI Deputado Fernando Marroni

Uma das mais imponentes construções do Rio Grande do Sul pode em breve ser reconhecida como patrimônio nacional. O ofício contendo o pedido de tombamento do Castelo de Pedras foi entregue ontem (dia 23) pelo deputado federal Fernando Marroni (PT-RS) ao presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida.

Pertencente à família do político e diplomata Joaquim Francisco de Assis Brasil, o castelo construído entre 1909 e 1913 é reconhecido como patrimônio apenas em nível estadual, o que dificulta o acesso a programas federais de restauração e incentivo à cultura. Razão que preocupa Lydia Pereira de Assis Brasil. “Este local guarda boa parte da história do país no início do século XX. A preocupação é mantê-lo em condições de visitação e organizado para que todo este patrimônio sirva como disseminador de cultura”, explica a neta do idealizador do castelo.

Com as paredes repletas de infiltrações, o castelo em estilo medieval guarda um rico acervo, onde se destaca a biblioteca com mais de oito mil volumes, sendo que alguns são os únicos exemplares ainda existentes. “Recebemos visitantes de todo o país e até da Europa com freqüência. Mas a precariedade e a necessidade urgente de restauro nos impedem de atender a todas essas pessoas que procuram o castelo atrás das histórias guardadas aqui”, lamenta Lydia.

Com o encaminhamento do pedido de inclusão no Iphan, o objetivo é dar andamento ao projeto de restauro já apresentado no Ministério da Cultura e captar recursos para a reforma da fortaleza. “Como se trata de uma riqueza de valor inestimável, o Iphan pode arcar com os custos da obra e colocar o castelo em condições de ser mais do que um ponto turístico importante da região sul, mas também uma referência em termos de história do Rio Grande e do Brasil”, explica o deputado Fernando Marroni, lembrando que no castelo foi assinado o acordo de paz que deu fim à Revolução de 1923, a última travada em solo gaúcho.

De acordo com o presidente do Iphan, o processo de tombamento do Castelo de Pedras Altas será tratado como uma das prioridades para que o restauro inicie o mais rápido possível, evitando que a o acervo seja ainda mais atingido pela precariedade da estrutura. “Esperamos que todo o trâmite burocrático esteja resolvido dentro de um prazo curto para processos como este”, afirma Luiz Fernando de Almeida.

Um comentário:

Anônimo disse...

TÃO LOKO !!