28 de dez. de 2010

Clima de comoção em Pinheiro Machado

Créditos: Nael Rosa / A 1ª Folha

O mês de dezembro novamente volta ser um mês de tragédia para a família Rosa Rodrigues e Silva, de Pinheiro Machado. Há cerca de 30 anos, em 17 de dezembro de 1975, dois irmãos, Pedro Miguel e João Conceição, de 19 e 20 anos, morriam afogados no local denominado “Ilha”, às margens da BR 293. 

Vinte anos depois, em 1995, novamente em 22 de dezembro,  um simples banho para refrescar vitimava mais um jovem membro da família. Quando banhava-se nas proximidades da Olaria do Silvino, até então local muito utilizado no veraneio por banhistas, Cristiano Meireles Rosa, encontrava a morte após mergulhar nas águas do açude aos 15 anos. 

Quando Neida Rodrigues atendeu o telefone por volta das 16h do último dia 26, novamente a tragédia se repetia. O mais velho de seus três filhos, André Rodrigues Mendes, 31 anos, que tomava banho com outros três amigos, acabava de se afogar em um açude localizado no Corredor do Lixo, propriedade entre a BR 293 e RS 608. A partir daí, o desespero e a dor só fizeram aumentar diante das tentativas frustradas por parte de populares em encontrar o corpo do filho, que era um pedreiro de “mão cheia”, classificação popular dada para quem exerce o ofício com extrema competência, profissão ensinada pelo pai Volnei Mendes. 

Mas Joana, como carinhosamente era chamado, também ficou muito conhecido na comunidade por ser um divertido baladeiro e por atuações em competições de futsal, onde geralmente atuava como goleiro. 

A demora da chegada do Corpo de Bombeiros, foi também angustiante para familiares e amigos, que em solidariedade a mãe, que ao amanhecer do dia seguinte foi para a beira d'água dar continuidade a espera, permaneceram de prontidão. Somente as 11h30min da manhã, quando um homem, famoso pelo fôlego debaixo d’água e por realizar este tipo de resgate quando tragédias ocorrem, mergulhou algumas vezes conseguindo localizar o corpo do pedreiro.

"Meu filho se afogou no meio da tarde e só foi retirado na manhã do dia seguinte. Porque tanta demora dos Bombeiros?”,questionava a mãe em prantos. Durante o velório nas Capelas Municipais, uma multidão acompanhava parte da despedida. "Ele recém havia entrado na água e gritou: minha perna, minha perna”, contou um familiar, apontando para uma possível cãibra como causa da morte, já que Joana era um bom nadador. "Dois amigos tentaram o salvamento, mas por muito pouco, não acabaram morrendo também”, contou outro. 

Durante o sepultamento, mais sofrimento para os familiares. Em virtude do inchaço do corpo, a urna (caixão) utilizada pela funerária foi para pessoas obesas, mas no momento de colocar o caixão na sepultura pertencente à família, constatou-se que o mesmo ali não cabia. Novamente os amigos retornaram com o corpo para a entrada do Cemitério Municipal, onde existem sepulturas maiores e compatíveis.

Num gesto de solidariedade, muitos sacaram dinheiro da carteira e em pouco mais de um minuto, doaram a mãe de André cerca de R$ 700, suficiente para o pagamento da última morada.


6 comentários:

Uiliam disse...

Embora não tivesse muita relação com ele, apenas de futebol e de nos cumprimentarmos na rua, fiquei bastante comovido com o acontecido. Comovente ainda em ver uma comunidade se formando no orkut com mais de 400 membros, estes mesmos poderiam angariar fundos e ajudar a familia dele, fazendo bingos, rifas e coisas parecidas. Pinheiro Machado, embora tenha seus problemas, é uma cidade acolhedora, de pessoas amigas, com sensibilidade e com união. Por isso seria legal alguém próximo, ou até nem tão próximo iniciar tal campanha, junto ao comércio e as pessoas dispostas a ajudar em prol da dor que essa familia está sentindo. Nada substituirá a perda de um filho, mas nessas horas qualquer tipo de ajuda é benefica.

Anônimo disse...

pois é dificil acreditar que a familia de joana além de ter que sofrer com a dor da perda ainda teve que passar por aquela falta de respeito.Mas graças a deus ele era uma pessoa muito querida e tinha muitos amigos para ajudar a consolar sua familia nesse momento tão dificil.Espero que aquela cena não aconteça com mais ninguem.

Karen Porto disse...

olha não dá pra acreditar que essa pessoa tão maravilhosa foi nos deixar dakela forma.. morrer todo mundo vai, mas espero que não como ele e nem passar por oq ele passou ja morto !
eu só tenho uma coisa a dizer agua é uma fonte muito perigosa .. André Rodrigues Mendes vai com Deus ..tua missão na terra já foi cumprida ..foi a tua hora, talvez ai no céu tenho coisas melhores pra ti e um dia nós todo nos encontramos .. é a vida !
Jamaiis esqueciido Juana !

Carla disse...

André(Juana)Para sempre!!!
Para sempre André (Juana)

Pessoal vamos ajudar a família do Juana..

Que estão passando por um momento dificíl.

Doe um kg de alimento, roupas, etc..

Nos seguintes estabelecimentos....

Salão do Mauro: 24 de Fevereiro

Salão Kixiki: Av. Amintas Luís Dutra..(Próximo a escola Avelino)

Nada vai amenizar a dor dos amigos e famíliares.. A perda do nosso querido JUANA..

Mas podemos Ajudar a Famíla....

TODA A AJUDA SERÁ BEM VINDA!!!!!

Avise quem vc puder...

Obs:Todas as doações são anotadas em um caderno q será entregue junto para a família.
Mais informações 32482836

Anônimo disse...

Isso foi mais uma trajédia que infelizmente ocorre a todos os finais de ano.Mas isso que aconteceu no cemiterio foi simplesmente uma falta de respeito com seus familiares e amigos.Pois agora todos nos só temos que dar todo o apoio que pudermos a familia.
FIQUE EM PAZ AONDE VC ESTIVER.....

Anônimo disse...

O que aconteceu no cemitério?