3 de dez. de 2010

Escola do Legislativo promoveu curso sobre produtos de limpeza

Texto e foto: Inês Souza (AI Câmara de Vereadores)
Na terça-feira, 30, realizou-se nas dependências do Sindicato Rural o curso proposto pelo vereador Jackson Cabral (PSDB) . A intenção de capacitar os inscritos à fabricação de produtos de limpeza e higiene com material caseiro atingiu a expectativa de quem compareceu. 

A aula ministrada pela professora do Curso de Biologia da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) de Bagé, Mariana Brasil Vidal, foi dividida em teoria e prática e dois dos quatro acadêmicos a assessoraram. Igor Messias e Tatiana Filipini foram convidados pela ecologista a participarem do projeto. Eles avaliam como uma experiência maravilhosa, ótimo para o currículo e tornou-se a menina dos olhos do grupo. 

Cabral comentou a importância e a utilização do aprendizado ao dar as boas vindas a todos. “Além da questão econômica tem a preservação do meio ambiente. Adquiram o máximo de informações em tudo que empreenderem. O conhecimento soma e é fundamental para as nossas famílias. Uno-me aos colegas da câmara em toda atitude que venha contribuir para o bem comum. Esse curso possibilita rendimentos e comercialização. É um bom negócio”, explanou. Ficou a promessa do edil para o próximo curso e o comprometimento da mestra Mariana que terá a oportunidade de mostrar outros dois assuntos que fazem parte do projeto principal, Biologia Itinerante: Levando a Educação Ambiental Para a Comunidade. 

O projeto foi levado às cidades de Aceguá, Hulha Negra, Candiota, Alegrete, Bagé, Centro Comunitários, escolas. 


A origem dos projetos 

Mariana comentou que a idéia surgiu de pessoas da comunidade que a procuraram para saber o que poderia ser feito com óleo de cozinha usado. “Elas queriam solução para um grave problema. Pensamos e chegamos a esse projeto. São produtos alternativos, muito simples, diferentes, mas a função e a eficácia são as mesmas dos produtos oferecidos no mercado”, enfatiza. 

A ecóloga afirma que tudo depende de nós para que haja combate à poluição e que a solução deve vir de quem gera, o próprio ser humano. Ela frisa que os projetos que idealiza observam a questão ambiental e fez um pedido: que os adultos repassem o que foi ensinado às crianças, pois são células jovens, crescerão em meio a uma natureza melhor e propícia para o crescimento delas. 


Cuidados, aplicações e transformações 

Mariana ensinou como ocorre na natureza a agressão e as mudanças no solo com o que é deixado sobre ele. O que de bom é deixado, transforma-se em adubo e explicou que não adianta a separação do lixo seletivo em cidades que não possuem o serviço, a estrutura no local. Os lixões são inadequados, pois o líquido (churume) que resulta do lixo acumulado penetra no solo e contamina tudo que está nele, principalmente a água do subsolo. 

Outro ponto é que ao descartar o lixo orgânico num canto do pátio, amanhã pode ser utilizado na horta e servir de adubo para as plantas. Na água o problema é a proliferação de algas que por serem tóxicas, acabam com o oxigênio determinando a morte dos rios. A mestra incentivou e orientou como fazer a coleta seletiva doméstica para tornar o ambiente sustentável. 


A vitória e 2011 

No último Congrega URCAMP, ocorrido em Alegrete no final de novembro, o Projeto Biologia Itinerante conquistou o 1º lugar em Projetos de Extensão. Mariana tem o Projeto Móveis que a comunidade recebeu com entusiasmo. Consiste em fabricar móveis com garrafas PET, pneus, entre outros objetos que na natureza só trazem transtorno e prejuízo, enquanto para muitas pessoas significa economia, renda extra.  O Projeto do Pátio está em andamento e ela com a equipe pretendem disseminar hortas urbanas verticais. 


Valorização dos parceiros 

No encerramento, Cabral fez a entrega de certificados e teve a participação do colega de bancada Vilson Jorge Morais (Vilsinho), da diretoria do Sindicato Rural e do grupo de Bagé. Agradeceu as parcerias com o sindicato pelo espaço cedido e com a universidade. “Nosso propósito é qualificar pessoas para a produção dos produtos alternativos e oferecer à sociedade uma forma sustentável a partir de componentes caseiros, estimular a conservação da natureza, levar a educação ambiental à comunidade, economia, uma alternativa às famílias de baixa renda”, destacou.

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