Castelo de Pedras Altas deve ser tombado até o final do ano

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A inclusão do Castelo de Pedras Altas na lista dos patrimônios arquitetônicos nacionais protegidos por lei pode acontecer antes do esperado. Em reunião realizada no dia 5 no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o deputado federal Fernando Marroni (PT) foi informado que o castelo construído entre 1909 e 1913 pode ser tombado até o final deste ano. “No ano passado quando encaminhamos o pedido de tombamento à direção do Iphan a informação era de se tratar de um processo complicado e longo, que poderia demorar até dois anos para ser finalizado, mas agora a informação é de que as coisas estão andando rapidamente”, diz Marroni. 

A informação da possível conclusão do processo ainda este ano foi repassada ao deputado pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida. “Esta pauta se tornou uma das prioridades do Iphan, por isso estamos trabalhando em cima de um prazo mais curto para finalizá-la”, confirma Almeida. Além de inserir a cidade de 2,1 mil habitantes no mapa das rotas turísticas históricas brasileiras, o tombamento do Castelo de Pedras Altas facilitará o acesso a programas federais de restauração e preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. 

A ideia de solicitar ao Iphan o tombamento do castelo surgiu ano passado durante visita de Marroni a Lydia Pereira - neta de Joaquim Francisco de Assis Brasil – e na qual ambos falaram das dificuldades de recuperar e manter o patrimônio, que é um dos símbolos da região da Campanha. “Este é um local que guarda boa parte da história do país no início do século XX. A preocupação é mantê-lo em condições de visitação e organizado para que todo este patrimônio sirva como disseminador de cultura”, explicou Lydia ao deputado.  

Com as paredes repletas de infiltrações, o castelo em estilo medieval guarda um rico acervo, onde se destaca a biblioteca com mais de oito mil volumes, sendo que alguns são os únicos exemplares ainda existentes. A cada mês o local recebe visitantes de vários cantos do país e a ideia é que a partir do tombamento seja possível restaurar o imóvel e qualificar a recepção dos visitantes.