23 de abr. de 2013

Hospital de Pinheiro Machado pode fechar

“Está faltando medicamentos. O soro, a doutora suspendeu por que não tem. Fita para HGT não tem e material de limpeza também não, sendo que as faxineiras são maravilhosas, mas elas não podem fazer uma higiene bem feita sem o material”. O relato de quem precisa de atendimento no local define a situação. O acompanhante de uma paciente que preferiu não se identificar denuncia a precariedade do hospital, chamado de Associação de Assistência Social de Pinheiro Machado.

O local tem cerca de 35 leitos, mas no momento está apenas com dois pacientes internados que precisaram do atendimento com urgência. As condições da estrutura não permitem a entrada de mais pacientes. Faltam produtos de limpeza, higiene, medicamentos e materiais essenciais para o cuidado de quem está internado. Segundo os funcionários do local, além da carência de materiais a instituição está com os salários atrasados desde dezembro de 2012. São cerca de 35 funcionários entre enfermeiros, cozinheiros, porteiros e técnicos da área de radiologia que estão a quase cinco meses sem receber.

A Prefeitura de Pinheiro Machado até o momento não tem nenhuma participação na administração do local. O secretário de Saúde do município, Ronaldo Madruga, reconhece que a situação é grave e garante que o Executivo vai tomar medidas para que o hospital não feche as portas. 

“Equilibrar as contas do hospital, prestar um serviço de qualidade à comunidade e colocar em dia o pagamento dos funcionários deve levar uns 45 dias, pois é um processo que precisa de embasamento, com fundamento legal, tendo em vista que o hospital está quase em calamidade pública. Estamos fortemente trabalhando a gestão municipal de Pinheiro Machado, para regularizar esta situação. A população vai ver os resultados”, destacou Madruga. 

O presidente da Associação de Assistência Social de Pinheiro Machado, Édison Molina, frisa que o hospital sobrevive com recursos do SUS e com a contribuição de sócios. Mas o valor é insuficiente para manter o funcionamento adequado. “A arrecadação mensal do hospital é de cerca de R$ 20 mil, valor este que não cobre nem a folha de pagamento dos funcionários que é de R$ 35 mil mensais”, comenta Molina. 

Segundo ele, o salário dos funcionários está três meses atrasado. “Estamos buscando parcelar as dividas do hospital e colocar as negativas em dia”, garantiu. Fonte: Tradição Regional

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