14 de abr. de 2014

Mateus Oliveira Garcia assume presidência da Associação ADAC

 
 Foto: Maicon Leon

Mateus Oliveira Garcia foi eleito o novo presidente da Associação Para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (ADAC). A eleição aconteceu no dia 29 de março, em Encruzilhada do Sul, e contou com a presença de várias autoridades, dentre elas o governador do RS, Tarso Genro. Na ocasião, foi assinado com o Estado um contrato que destina R$ 180 mil para a entidade, além de ser anunciado mais R$ 120 mil para a aquisição de dois caminhões, que irão servir para que as associações filiadas possam fazer o transporte de animais e de carne para os mercados parceiros. Do total de R$ 300 mil, Garcia diz que 80% é a fundo perdido e que a associação vai pagar apenas 20% desse valor, em cinco parcelas anuais.

“Foi de grande importância o recurso que o governo do Estado destinou para nossa associação, pois agora teremos autonomia em relação ao transporte de nossos produtos, sem dependermos das prefeituras ou de transportes particulares. O que me motiva ainda mais a trabalhar pelo projeto Alto Camaquã, é que temos um grande conselho consultivo através de várias parcerias, além também da politica que esta sendo trabalhada hoje em comum acordo com a comunidade, ou seja, se construindo tudo isso juntamente com eles. A valorização do Campo Nativo que existe praticamente só em nossa região e o trabalho em rede das associações faz com que haja a troca de conhecimento e experiência entre os produtores da pecuária familiar. Hoje nosso principal objetivo é organizar a comercialização de nossos produtos, para que cheguem nos mercados com a marca Alto Camaquã”, concluiu.

O que é Alto Camaquã

O Alto Camaquã compreende os municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Piratini e Santana da Boa Vista, localizados na parte superior da bacia do rio Camaquã. Marcada por uma vegetação predominantemente arbórea com mosaicos de campo e mato, a Serra do Sudeste, como também é conhecida, foi ocupada pela pecuária familiar. A histórica falta de aplicação dos conhecimentos científicos convencionais às características socioeconômicas e ecológicas, o uso de insumos químicos e a baixa mecanização deixaram a região à margem da modernização da agricultura.

Neste contexto, com um número significativo de produtores familiares, o local ficou à margem do desenvolvimento, muitas vezes levando ao abandono da atividade produtiva. O projeto Alto Camaquã foi pensado como uma forma de contribuir com um desenvolvimento diferente dos padrões da agropecuária praticada na metade Sul do Rio Grande do Sul. A intervenção da Embrapa no processo tem o objetivo de mostrar que é possível desenvolver uma atividade econômica, a partir de uma estrutura fundiária baseada na propriedade familiar.

Segundo o pesquisador Marcos Borba, a estratégia de valorização do território só é possível com a participação ativa dos envolvidos no processo. Ou seja, uma ação conjunta entre produtores, pecuaristas e representações do Alto Camaquã, visando um desenvolvimento sustentável e duradouro do território. Contudo, antes de começar a trabalhar no território, primeiro é preciso conhecer suas potencialidades naturais. E é por isso que o projeto tem se empenhado desde sua fundação, ao promover cursos, palestras e visitas às propriedades. Com o trabalho de pesquisa e incentivo da Embrapa, atualmente, a região do Alto Camaquã conta com entidades que cooperam com o seu desenvolvimento, como é o caso da Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (ADAC) e a Rede de Produtores do Alto Camaquã.

Fonte: Tradição Regional

 

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