23 de set. de 2015

“Manifesto é contra a vontade dos prefeitos, mas necessário”, diz Folador

Presidente da Famurs diz que ato quer chamar atenção da sociedade e dos governos
 
Presidente da Famurs diz que ato quer chamar atenção da sociedade e dos governos

Nesta sexta-feira, pelo menos 450 prefeituras gaúchas devem paralisar suas atividades para integrar um manifesto organizado, no Estado, pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), denominado de Movimento do Bolo.
 
Presidente da Famurs e prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador conversou com a coluna, ontem, e expôs que o ato terá dois objetivos principais: o primeiro, demonstrar à sociedade as dificuldades financeiras enfrentadas pelos gestores municipais, em especial pela diminuição de repasses de impostos como o ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que, em 2015, deve chegar a R$ 776 milhões.
 
“Esse manifesto é contra a vontade dos prefeitos, mas necessário para chamarmos a atenção. A gente entende e reconhece que a população deve cobrar por bons serviços. Sabemos que a demanda é crescente, o que é natural, e que precisamos trabalhar, mas sem recursos isso se torna quase impossível”, apontou.
Na região, Aceguá, Bagé, Candiota e Lavras do Sul já confirmaram adesão aos protestos que, além de paralisar os atendimentos – com exceção dos serviços essenciais – deve culminar com um bloqueio parcial em uma rodovia, possivelmente em um dos acessos à Rainha da Fronteira.
 
O segundo ponto que motiva o evento, segundo Folador, é chamar a atenção dos governantes. De acordo com ele, encontros com a presidente Dilma Rousseff e com o governador José Ivo Sartori já foram solicitados e aguardam confirmação das agendas. “Precisamos rever o retorno de valores para os municípios. Assim como os farrapos lutaram por 10 anos por um ideal, nós lutaremos, mas sem armas, por um novo pacto federativo. Todos os prefeitos querem construir novas escolas, investir na sua cidade, mas, para isso, esse cenário de distribuição de verbas precisa mudar”, argumenta.

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