Presidente da Famurs diz que ato quer chamar atenção da sociedade e dos governos
Nesta
sexta-feira, pelo menos 450 prefeituras gaúchas devem paralisar suas
atividades para integrar um manifesto organizado, no Estado, pela
Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs),
denominado de Movimento do Bolo.
Presidente da Famurs e prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador
conversou com a coluna, ontem, e expôs que o ato terá dois objetivos
principais: o primeiro, demonstrar à sociedade as dificuldades
financeiras enfrentadas pelos gestores municipais, em especial pela
diminuição de repasses de impostos como o ICMS e do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) que, em 2015, deve chegar a R$ 776
milhões.
“Esse manifesto é contra a vontade dos prefeitos, mas necessário para
chamarmos a atenção. A gente entende e reconhece que a população deve
cobrar por bons serviços. Sabemos que a demanda é crescente, o que é
natural, e que precisamos trabalhar, mas sem recursos isso se torna
quase impossível”, apontou.
Na região, Aceguá, Bagé, Candiota e Lavras do Sul já confirmaram adesão aos protestos que, além de paralisar os atendimentos – com exceção dos serviços essenciais – deve culminar com um bloqueio parcial em uma rodovia, possivelmente em um dos acessos à Rainha da Fronteira.
Na região, Aceguá, Bagé, Candiota e Lavras do Sul já confirmaram adesão aos protestos que, além de paralisar os atendimentos – com exceção dos serviços essenciais – deve culminar com um bloqueio parcial em uma rodovia, possivelmente em um dos acessos à Rainha da Fronteira.
O segundo ponto que motiva o evento, segundo Folador, é chamar a atenção
dos governantes. De acordo com ele, encontros com a presidente Dilma
Rousseff e com o governador José Ivo Sartori já foram solicitados e
aguardam confirmação das agendas. “Precisamos rever o retorno de valores
para os municípios. Assim como os farrapos lutaram por 10 anos por um
ideal, nós lutaremos, mas sem armas, por um novo pacto federativo. Todos
os prefeitos querem construir novas escolas, investir na sua cidade,
mas, para isso, esse cenário de distribuição de verbas precisa mudar”,
argumenta.
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