18 de set. de 2015

Oliveira, o “Alemão” do CTG Sentinela da Fronteira

Pinheirense frequenta entidade há mais de 30 anos

Para manter as entidades tradicionalistas, são necessários trabalhos voluntários de pessoas que dedicam parte do seu dia, ou até mesmo, 24 horas, na luta pela permanência dos ritos e costumes gaúchos que provêm da Revolução Farroupilha. Hoje, a personagem é o membro do CTG Sentinela da Fronteira, Izidoro Oliveira, 65 anos, conhecido como “Alemão”.
 
Natural de Pinheiro Machado, Oliveira frequenta o CTG Sentinela da Fronteira há mais de 30 anos, inclusive, na ausência do patrão Moacir Morais, é ele quem assume o comando no local. “Em Pinheiro Machado, eu frequentava outras entidades. Comecei no início de minha fase adulta. Vim para trabalhar no Mercosul, em Bagé, onde me aposentei em 2003. Cheguei na cidade e procurei um CTG. Gostei do Sentinela e me associei de vez”, comenta.
 
Oliveira não tem um cargo pré-estabelecido dentro da entidade, pois a multifuncionalidade tem sido a sua marca constante. “Trabalho com limpeza, obras, vendo ingressos, organizo festas. Estou à disposição para o que precisar dentro do CTG, pois eu gosto do que faço. Têm vezes que vou até três, quatro da manhã, organizando a sede depois dos eventos”, ressalta.
 
Fundado no dia 7 de setembro de 1970, o CTG Sentinela da Fronteira completou 45 anos em 2015. Para o tradicionalista, o momento da entidade é bom. “Nas últimas jantas e bailes que fizemos, sempre esteve lotado. Passamos por dificuldades nesses últimos tempos, houve arrombamentos três vezes, mas, agora, temos alarme. Percebo que os bageenses vão aos CTG’s e isso ajuda muito. Faz 23 anos que estamos aqui na avenida São Judas Tadeu. Uma coisa que eu percebo  é que há muitas crianças que vêm aqui e eu percebo que elas são bem mais educadas. A tradição gaúcha faz com que elas sejam assim. Na Semana Farroupilha, elas passam brincando aqui”, afirma,
 
Alemão salienta que só há um motivo para a dedicação plena ao tradicionalismo: o gosto pelos costumes gaúchos. “Me dedico porque gosto, acho muito bom esse ambiente. Tem gente que pergunta o porquê de eu me envolver, se eu não ganho nada com isso. Aí eu respondo que não estou aqui para ganhar dinheiro. Estou para me divertir. Sou aposentado e se eu permanecer em casa vou ficar enferrujado”, enfatiza.

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