25 de set. de 2015

Um pouco sobre: A GUERRA DE CACIMBINHAS / ONDE COMPRAR

Escrito por Nikão Duarte 
* Jornalista e professor universitário. Filho, neto e bisneto de cacimbinhenses — nascido em Porto Alegre (1953). 
Publicado no dia 18 de setembro de 2015, no Jornal Folha da Cidade. 

A GUERRA DE CACIMBINHAS(baseada em fatos reais) 

Esta obra tem por base fatos ocorridos no Brasil de 1915, com seus efeitos particulares sobre a então vila de Cacimbinhas, atual município de Pinheiro Machado, 350 quilômetros ao Sul de Porto Alegre. A mudança do nome é justamente a principal motivação das linhas que seguem, e que recorrem às técnicas investigativas próprias do Jornalismo, numa fusão com a liberdade criativa permitida na Literatura. 

É, pois, um híbrido, contado como uma linha do tempo, em que a realidade predomina, mas eventualmente se vale da ficção para preencher lacunas de registros históricos desconhecidos. "A guerra de Cacimbinhas" é, também, uma forma de levar a público circunstâncias pouco conhecidas dos episódios que, explorados exaustivamente em sua época e mesmo depois, concentraram as atenções na figura proeminente do senador José Gomes Pinheiro Machado (1851/1915), assassinado por Francisco Manço de Paiva Coimbra (1889/1969) — um antigo morador de Cacimbinhas. Daí resulta a mudança do nome, iniciativa isolada tomada pelo intendente provisório de então, Ney de Lima Costa, e que tanta revolta causou — e causa — a parcela significativa de quem tem vínculo de origem ou afetivo com a cidade fronteiriça. 

Em 1915, o mundo estava em guerra, mas uma guerra particular, municipal, passou a ser vivida nesse extremo brasileiro: a maioria da população, indignada com o gesto do intendente, pegou em armas e tentou intimidá-lo a retroceder. Chegou a depô-lo, logo teve de admiti-lo de volta ao cargo e, a seguir, comemorou sua destituição, mas por ordens do Palácio do Governo. 

Jamais, porém, Cacimbinhas retornou como nome titular do município, apesar dos esforços dos que viveram a época e de uma ou duas gerações que os sucederam. Contar essa história sempre pareceu uma dupla responsabilidade: como originário de famílias cacimbinhenses e como jornalista. Ainda que transitando entre o jornalístico e o literário, sua execução deu-se a partir de pesquisas extensivas, realizadas ao longo dos anos e em lugares e fontes diversas. 

Gratificante foi descobrir como personagens paralelas e simultâneas aos acontecimentos turbulentos do início do século XX, dois jovens que enfrentaram no mesmo período as consequências de um amor proibido - mas levado às consequências definitivas. Cacimbinhas é a personagem central deste livro, portanto. Ao produzi-lo, faz-se uma homenagem aos cacimbinhenses de ontem e aos atuais e se tenta resgatar histórica e despretensiosamente um período do Brasil até então contado apenas pela ótica oficial. 

O LIVRO A GUERRA DE CACIMBINHAS ESTÁ SENDO VENDIDO EM PINHEIRO MACHADO, NA PAPELARIA PAPYRUS, NO VALOR DE R$ 30.
TODO DINHEIRO ARRECADADO COMA VENDA DO LIVRO SERÁ REVERTIDO A APAE DE PINHEIRO MACHADO.

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