10 de ago. de 2016

Liminar que impedia sacrifício de égua de Pinheiro Machado encerra

Encerrou, no sábado passado, o prazo da liminar concedida pela Justiça para impedir o sacrifício de uma égua com suspeita de mormo. O animal está isolado em propriedade interditada em Pinheiro Machado. 

Conforme o chefe de seção da Inspetoria Veterinária do município, Michel Régio Marques, o animal não será sacrificado enquanto não for realizado novo procedimento que identifique a doença. “A princípio, com o fim dessa liminar, será feito um novo exame. Caso se confirme o mormo, ela terá que ser sacrificada”, afirma Marques. 

O proprietário do animal, Jorge Almeida, relata à FOLHA do SUL que a suspeita iniciou no começo do ano, quando deu positivo para mormo no teste de triagem feito na égua Espoleta. “Eu trabalho em eventos agropecuários e fiz o exame em agosto, para o desfile de 20 de setembro, e não houve nada de doença. Depois, em novembro, sem apresentar nenhuma característica da doença, fiz novo exame e não deu nenhum problema. Foi em janeiro que refiz o exame e detectaram a doença”, explica Almeida. 

Em abril, o animal passou por verificação através do teste de maleína, quando é aplicada, via intradérmica, na pálpebra inferior de um dos olhos do animal, a solução que indica se o animal tem a doença ou não. 

O resultado é conhecido após 48 horas da aplicação da solução. Caso o animal apresente uma reação inflamatória com edema na pálpebra, com secreção purulenta, há o diagnóstico para mormo. No entanto, o proprietário da égua descarta essa confirmação. “O olho mal inchou. Não houve essa identificação visual e nem secreção apresentou. Inchou um pouco porque foi perfurado o local. Desde então, estou lutando para que não sacrifiquem essa égua, pois preciso do animal para trabalhar e também estou com a propriedade interditada, o que está prejudicando meu serviço”, ressalta Almeida, que está com a égua isolada, bem como mais um cavalo da propriedade, sem poder retirá-lo do local. “Tenho tido prejuízos desde essa época porque não posso usá-los em eventos”, aponta Almeida. 

O proprietário do animal reitera que entrará com nova liminar para impedir o sacrifício da égua e que comprovará que o animal não tem mormo. “Eu acredito que não irão sacrificá-la. Esse exame que fizeram em abril já foi descartado pela Secretaria da Agricultura porque a maleína é muito contestado. Se ela tivesse mormo, já estaria morta. Nem garrotilho ela teve. O animal está bem e não apresenta nenhum sintoma da doença”, conclui Almeida.

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