"Agora estamos totalmente prontos para participar do leilão". Assim o presidente da empresa Ouro Negro Engenharia, Sílvio Marques, definiu a última etapa, vencida na semana passada, para instalação da usina termelétrica em Pedras Altas. Após a carta branca para instalação emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), foi a vez da Agência Nacional das Águas (ANA) permitir a utilização do recurso hídrico do Arroio Candiota.
Marques explica que este era o último ponto que faltava para dar o projeto como concluído. Como o empreendimento não prevê uma barragem própria, a alternativa apontada pela Ouro Negro, e solicitada à ANA, foi a utilização da água da barragem construída para utilização do complexo da Usina Termelétrica Presidente Médici, que tem origens no Arroio Candiota.
A previsão é de que, no ápice de geração de energia, a utilização de água alcance 1,3 mil m³/hora. Mas a média prevista permanece abaixo de mil metros cúbicos. Essa água será usada para resfriamento das caldeiras, que alcançam até 850°C durante a queima do carvão para a geração de energia. Contudo, parte do volume deve ser reaproveitado. "O que não evaporar será utilizada para lavagem das oficinas e dos veículos", adianta Marques.
O próximo passo, que deve colocar a Ouro Negro ainda mais perto do próximo leilão de energia A-5, é a busca pelo capital financeiro, com entrada de sócios. Até o momento, há duas empresas chinesas interessadas no projeto, Power China e Sepco 1, e há pouco tempo uma brasileira do setor energético demonstrou interesse na sociedade.
A usina terá capacidade de gerar 600 MW no sistema interligado nacional, com custo aproximado de U$ 1 bilhão.
Por: Melissa Louçan
Nenhum comentário:
Postar um comentário