29 de dez. de 2017

Planta para construção de frigorífico do Alto Camaquã é aprovada

Foi confirmada na quinta-feira, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), a informação de que a Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) – órgão vinculado à pasta estadual – aprovou a planta do frigorífico para abate específico de ovinos do Alto Camaquã. O empreendimento deverá ser instalado em área da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé. 

O frigorífico é fruto de uma parceria entre a Embrapa com a Arco e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (Adac). A confirmação veio em encontro que contou com o secretário estadual da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo; a diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e da Cooperativa Cofrusa/Alto Camaquã, para tratar sobre a planta do frigorífico para abate específico de ovinos, a ser instalado no Alto Camaquã, que integra os municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Lavras do Sul, Piratini, Pinheiro Machado e Santana da Boa Vista. 

Para o secretário Ernani Polo, a planta do frigorífico aprovada pelo Dipoa é o começo da concretização do trabalho do setor para que a ovinocultura cresça e se desenvolva na região: "O Alto Camaquã vai contar com um modelo de frigorífico de ponta, moderno e que vai centralizar o setor, abrangendo a produção e a comercialização dos ovinos e impulsionando o crescimento da região", lembrou. 

De acordo com o presidente da Arco, Paulo Afonso Schwab, o empreendimento é inédito, diferente do que era realizado no Estado até então: "Conseguimos aprovar a planta de um frigorífico diferenciado. Ele é modular, com capacidade para abater 190 ovinos/dia, ou 30 bovinos/dia e será usado através da cooperativa, formada pelos componentes do projeto do Alto Camaquã, ao lado também da Embrapa, Seapi, Arco e demais entidades que estão trabalhando neste conjunto", explicou. 

Segundo Schwab, o diferencial do projeto é que o frigorífico começa com a planta mínima, mas tem a condição de aumentar, através de módulos, de acordo com a demanda, resultando também em uma redução de custos, além de ser um empreendimento feito especificamente para ovinos, podendo ser adaptado para o abate de bovinos. 

Para o presidente da Cofrusa/Alto Camaquã, Júlio Fernandes Moreira, a cooperativa, que conta com mais de 150 associados e aproximadamente 450 famílias, nasce por meio de um projeto que já vem de 10 anos. "Percebemos a necessidade de fundar a Cooperativa para termos um braço comercial da Associação do Alto Camaquã. Isso hoje para os produtores da região significa ter domínio da cadeia, administrando desde a produção até a comercialização, etapa que sempre tivemos mais dificuldade", salientou.

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