12 de mar. de 2018

Território do Alto Camaquã é apresentado em seminário internacional

A experiência de desenvolvimento territorial do Alto Camaquã foi exibida em vídeo durante o Seminário Internacional Inovação Social em Políticas Públicas, realizado em Brasília (DF), entre os dias 7 e 8 de março de 2018. O território, situado na Serra do Sudeste, ao Sul do Rio Grande do Sul, foi apresentado a partir da relação entre suas características ambientais, produtivas e histórico-culturais e a organização sócioprodutiva orientada ao desenvolvimento. 

Conforme o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Marcos Flávio Silva Borba, a região foi escolhida para participar do evento justamente por ser uma referência de inovação social. “Essa participação é importante para dar visibilidade internacional a uma experiência de desenvolvimento territorial construída a partir da valorização dos recursos tangíveis (recursos naturais, pecuária sobre campo nativo, produtos tradicionais) e intangíveis (cultura, representações simbólicas, história etc.), próprias de uma região que permaneceu à margem dos modelos de desenvolvimento aplicados historicamente ao mundo rural brasileiro”, ressaltou o pesquisador. 

A participação no evento também destaca os produtos diferenciados produzidos localmente, que hoje contam com uma marca coletiva. A organização social e produtiva em rede dos pecuaristas familiares – reconhecida oficialmente pelo governo do Estado do RS como um Arranjo Produtivo Local de ovinos e turismo – também foi um dos destaques apresentados no Seminário. 

O Alto Camaquã situa-se na parte superior da bacia do rio Camaquã e engloba os municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Lavras do Sul, Piratini, Pinheiro Machado e Santana da Boa Vista. Organizados a partir da Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (Adac), os pecuaristas estão próximos de ter sua própria indústria e, com isso, ter o controle total (da produção à distribuição) da cadeia da carne ovina. “Tudo isso fruto de um trabalho proposto pela Embrapa em parceria com outras instituições”, completa Borba.

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