11 de abr. de 2020

Ministério da Agricultura anuncia medidas para socorrer produtores gaúchos


O Ministério da Agricultura atendeu à pauta de reivindicações encaminhada por lideranças gaúchas, anunciando medidas para socorrer os agricultores do Rio Grande do Sul que registraram prejuízos com a estiagem. O destaque fica por conta da renegociação das dívidas de custeio, podendo ser parcelados em até sete anos; da prorrogação das dívidas de investimentos para depois da última parcela do contrato, e da abertura de linhas de créditos para cooperativas de até R$ 65 milhões por tomador, com prazo de até quatro anos para pagamento.

O deputado federal Afonso Hamm, do Progressistas, que esteve reunido diversas vezes com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para tratar dos prejuízos causados pela seca, destaca que o setor estava aguardando com urgência as ações que seriam tomadas. “Os agricultores gaúchos estão sofrendo muito com a falta de chuva que afetou a produção e comprometeu a safra. A resolução que o Ministério da Agricultura conseguiu aprovar junto ao Banco Central significa um avanço para que os produtores e pecuaristas possam superar essa adversidade sem ter que desistir da atividade agrícola”, afirma.

Todos os municípios da região decretaram situação de emergência por problemas causados pela estiagem. No Rio Grande do Sul, as perdas nas lavouras já chegam a 45% em algumas culturas, como a da soja. Em relação ao milho, a produção deve ser 30% menor, mesmo percentual da safra da maçã. A alta do dólar e a pandemia do coronavírus deixam a situação ainda mais alarmante.

O ministério também anunciou medidas para os produtores afetados pelo coronavírus (Covid-19). O pacote inclui a prorrogação de dívidas de custeio e investimento de todos os produtores até o dia 15 de agosto de 2020; a abertura de linha de crédito emergencial de R$ 20 mil para produtores do Pronaf e R$ 40 mil para produtores Pronamp que trabalham com culturas de hortifrútis, flores, leite, pesca e aquicultura, com prazo de pagamento em até três anos e aplicação de juros já praticados pelos dois programas; além de recursos para comercialização para cooperativas, cerealistas e agroindústrias de até R$ 65 milhões por tomador por meio do Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

Fonte: Jornal Minuano

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