15 de jul. de 2009

Buscando Rumos: "Por uma questão de justiça"

Por Luiz Henrique Chagas da Silva
Colunista do Blog

Acostumei-me, talvez por herança de meu velho pai, a relutar em criticar alguém, especialmente quando esse alguém tem lá suas virtudes, mas também, assim como eu, uma série de defeitos. Em contrapartida, acostumei-me também a renegar e repudiar a injustiça, a prática do mal, e principalmente a mentira, independente de onde estes vícios queiram levar o homem.

Não quero aqui comentar o procedimento adotado, nem me cabe fazer isto, nada tenho a ver e tão pouco sou conhecedor das razões, porém não posso, em hipótese alguma concordar com os comentários que se escutam pela cidade, de que tenha havido falhas clamorosas, que tenha havido descontentamento, incompetência. Trabalhei, com muito orgulho e muito aprendi, com Jovania Lima e Glaé Garcia, funcionárias da Prefeitura Municipal a mais de quinze anos. A primeira, como encarregada do Departamento de Pessoal e a segunda, primeiramente na Comissão de Sindicância e depois como encarregada do setor de aposentadorias, sem que tenhamos tido um só problema, quer de relacionamento pessoal, profissional ou de posição, muito embora em diversos assuntos não tivéssemos a mesma forma de pensar.

Não creio, sinceramente, não acredito, em nada do que se comenta, essas duas servidoras são exemplos a serem seguidos, por sua dedicação, pelo esmero com que sempre exerceram as funções que lhes estava afetas, enfim, por vestirem a camiseta do município, independente do partido político que estava a frente do Executivo Municipal.

Quero, acho que posso dizer isto, aqui neste espaço que me foi cordialmente concedido no "Eigatimaula", manifestar que sempre gostei de trabalhar com pessoas que sabem chorar: limpa, purifica a alma, revela o intimo, desnuda e apresenta o verdadeiro ser. Cito a obra de Euzébio França Filho (1978), quando diz:

“Dizem mesmo que ninguém aprender a rir sem primeiro aprender a chorar. Talvez seja assim mesmo...Quanta criatura tenta rir para nós, mas no fundo sabemos que elas estão chorando por dentro. E a pior das lágrimas são aquelas que os olhos não vêem, são as que rolam para o interior. É assim a vida...”

Por fim, que estas duas pessoas, a quem aprendi a respeitar e gostar de formar intensa e fraternal, saibam que, o mesmo autor citado acima, me ensinou que:

“Assim é a vida: Os interesses separam as criaturas, criam nações, geram raças, estabelecem cores diferentes, é preciso torná-los diferentes, para fazê-los indiferentes. É necessário dar-lhes uma falsa noção de posse, para que tornem inimigos impotencial, só assim os que pensam ser grandes se julgam mais fortes e os pequenos, mais vitimas. Não se mede mais o homem pela sua capacidade de dar, de legar aos seus contemporâneos as luzes do seu saber ou exemplo da sua moral. Mede-se, avalia-se, isto sim, pela astúcia de tirar, pela habilidade de negar, pela arte de extorquir e mentir. É o beijo de Iscariotis presente em toda mesa sem pão" (e eu diria: na ação dos homens).

Luiz Henrique Chagas da Silva Henrique é editor do Blog Tu Já Sabia e radialista nas horas vagas. Nascido em Herval, mas pinheirense por opção, assina a coluna Buscando Rumos.

3 comentários:

Míramis disse...

Concordo com o Chagas, mesmo não sabendo os porquês, por questão de competência eu tenho certeza de que não há de ser...

Márcio Régio disse...

Para mim que vivía o dia-a-dia da prefeitura até sete meses atrás, Jovânia e Glaé vão dar a volta por cima independente do que possa ter ocorrido, pois são ótimas profissionais e pessoas com personalidade.

Andréa Quadros de Ávila disse...

O Chagas está de parabéns pela coluna, alias comentarios infundados sem conhecimento algum do caso em questão borbulhar pela cidade, o que infelizmente parece ser até um prazer para certas pessoas da nossa cidade. Aproveito para desejar o melhor para Jovania Lima e Glaé Garcia.