Falta ou não falta água?

Como já era previsto, o principal assunto na sesão legislativa desta terça foi a situação da barragem de abastecimento de água de Pinheiro Machado, com a presença no plenário do gerente local da Corsan, Jéferson Oliveira.

Antes do gerente usar a palavra, o vereador Adroaldo Azambuja (PDT) apresentou um vídeo amador, com cerca de 30 minutos, onde ele mesmo caminhava por dentro do local onde havia água e não há mais depois do rompimento. Para os leigos, o vídeo é realmente preocupante. A barragem está cerca de 1m40cm abaixo de seu nível normal, como confirmou o gerente. O local onde aconteceu o rompimento também assusta: foram-se água abaixo cerca de 22m de taipa, com uma altura de pouco mais de um metro, justamente o que foi construído na última obra da barragem.

Dado, assim como todos os outros vereadores, se mostraram preocupados com a situação. Assim como ele, o vereador Alex Sandro (PT) disse não ter nada contra o gerente, como "foi dito pela rua". Ambos usaram palavras semelhantes: "Independente de cor partidária ou de quem seja o responsável, estamos preocupados é com a situação".

Gerente tranqüliza

Ao usar a palavra, o pupular Gegê fez questão de frisar que estava no plenário por iniciativa própria e que também estava disposto a responder todos os questionamentos, inclusive, da plateia.

Para embasar suas palavras, Gegê tinha em mãos laudos assinados por engenheiros da Corsan, inclusive, pelo Chefe do Departamento de Obras e Manutenção da Região Sul, Mário Silva, o qual garante: não há risco eminente de faltar água, embora a barragem esteja comprometida.

Segundo os técnicos da Corsan, especializados no assunto que visitaram o local, com as bombas de sucção que trazem água para o reservatório em funcionamento, o volume que chega ao mesmo é de 30 litros por segundo, enquanto a barragem receberia dos afluentes cerca de 500 litros no mesmo período. "Claro que se as obras não começarem e ficar muito tempo sem chover, pode sim faltar água, como em qualquer lugar", frisou.

Obra deve começar na próxima segunda-feira

Segundo Gegê, o engenheiro garantiu que as obras de reparo começarão no máximo na próxima segunda-feira e a previsão é de no máximo 20 dias para a execução. Entretanto, o gerente diz que não será construída uma nova barragem, e sim, o reparo do que foi levado pelas águas. O motivo, segundo ele, seria o contrato entre Prefeitura e Corsan, que estaria vencido desde 2004. Assim, será realizada apenas a obra de emergência.

Para finalizar, o gerente fez questão de frisar o cuidado com o gasto do dinheiro público, para que não houvesse precipitação de gastar mal ou além do necessário. "Não quero que aconteça o que houve com o calçamento. Trouxeram uma empresa para manutenção que não entendia nada do assunto e as ruas ficaram do jeito que estavam. No fim, acabamos gastando dobrado para reparar tudo", disse.