Por Marilete Peres
Nos últimos meses, tenho lido muito sobre o papel do professor frente às novas tecnologias e refletido qual o papel do professor no mundo contemporâneo. Há extensa bibliografia sobre a utilização das mídias na educação, mas na maioria destas, faz referência a necessidade de capacitação dos professores, para que sejam capazes de utilizar estes meios tecnológicos, hoje presentes em praticamente todas as escolas, com a finalidade de qualificar o processo de aprendizagem.
Por outro lado, não adianta os governos destinarem laboratórios para as escolas, se ao mesmo tempo não oferecerem cursos aos docentes e a manutenção da infra estrutura destes laboratórios, como também se faz necessário a reflexão sobre o Projeto Político Pedagógico de cada Escola, incluindo as tecnologias como aliadas no desenvolvimento de seu currículo.
No dia 26 de março, finalmente o Colégio Estadual Hipólito Ribeiro recebeu a feliz notícia que o Regimento Escolar e o Plano de Estudos, que havia sido encaminhado ainda em 2008 a 5ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) de Pelotas, foram aprovados, podendo já ser implantados este ano, visto que foram protocolados na mantenedora ainda no ano anterior. Com estes novos documentos normatizadores das atividades pedagógicas e administrativas, que estão em consonância com o Referencial Curricular- Lições do Rio Grande e enfatizando a educação baseada em habilidades e competências a serem desenvolvidas pelos alunos, é dado um grande passo para a melhoria da educação ofertada por este Colégio.
Salienta-se que esta proposta não é uma política de Governo, mas uma política de Estado, que irá muito além de uma gestão, visto que já estava prevista desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- Lei 9394/96 e Parâmetros Curriculares Nacionais, sendo a linha adotada nas provas do ENEM, com isto se pretende dar melhores condições aos alunos, para que fiquem preparados para continuarem seus estudos, além de se tornarem pessoas críticas e construtivas, capazes de resolver problemas na sociedade em que vivem.
O desafio está, portanto na incorporação de novas tecnologias a novos processos de aprendizagem que oportunizem ao aluno atividades que exijam não apenas o seu investimento intelectual, mas também emocional, sensitivo, intuitivo, estético, etc, tentando não simplesmente desenvolver habilidades, mas o indivíduo em sua totalidade.
Neste contexto, o professor como transmissor de conhecimento desaparece para dar lugar à figura do mediador, porque na era da internet, o professor não é a única e nem a mais importante fonte do conhecimento. O indivíduo é bombardeado de informações a todo o momento e através de diversas fontes. Cabe ao docente, mais do que transmitir o saber, articular experiências em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o conhecimento, assumindo o papel ativo no processo de aprendizagem, que, por sua vez, deverá abordar o indivíduo como um todo e não apenas como um talento a ser desenvolvido.
Clique aqui para ler outros artigos deste colaborador
Clique aqui para ver o perfil dos colaboradores do blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário