
Por Luiz Henrique Chagas da Silva
Quantas vezes ouvimos falar em terceira idade e será que já paramos para pensar quando começa a primeira, a segunda e a tão falada terceira idade? Claro, sabemos que a primeira tem seu início no ato do nascimento, correto? Para alguns sim, para outros não, para tantos é certo dizer que a vida começa no nascimento, no entanto, para outros tantos (e já não são poucos) nem começa, nem termina aqui. Como dizer então que há uma primeira idade?
Augusto Comte, pensador francês, em sua “Teoria dos Três Estados”, classifica a vida humana em tres estágios distintos. Já outros pensadores contrariam estas teorias e afirmam que o ser humano tem dois estágios de vida perfeitamente definidos: pré e pós conhecimento da escrita, isto é, antes de ser alfabetizado e após ser alfabetizado. Não teria eu as mínimas condições de contradizer quaisquer destas afirmativas. Para os espíritas, somos oriundos de outras vidas e passaremos também para outras vidas, sempre em busca do aperfeiçoamento espiritual.
Independente da nossa forma de pensamento acerca do assunto, é preciso refletir um pouquinho sobre as várias facetas que a vida nos apresenta, em especial quando se fala de “viver em sociedade”. Por volta de 1800, fala-se da necessidade de primar pelo aprendizado dos filhos quanto a disciplina e hierarquia, ou seja, saber quem manda e quem obedece. Ao longo dos anos, este procedimento foi sendo perdido ou substituído e suas conseqüências podem ser devastadoras ou animadoras, dependendo do prisma em que se analisar a questão.
Muitos sociólogos da atualidade têm defendido que a forma de pais criarem filhos nos dias atuais é extremamente positiva para a formação de um futuro cidadão, que o “x” da questão está a estrutura familiar e não no rigor ou complacência com que se educa as crianças, pois de um relacionamento conturbado, de uma família sem condições sociais e morais, não se pode esperar jovens e adultos dotados de responsabilidade. Não se fala aqui em condições financeiras, haja vista que em famílias extremamente pobres existem pessoas íntegras e por consequência, via de regra, descendentes também íntegros.
Assisti, recentemente, um programa de televisão em que, primeiramente, o apresentador (a) não permite que o entrevistado (a) formule suas respostas; segundo, suas perguntas são longas, repetitivas, mal formuladas e que trazem (na pergunta) a resposta desejada e foi questionado a uma pessoa sobre a necessidade de fixar no Brasil a “Pena de Morte” , sendo que há vários entendimentos quanto ao assunto. Falou-se de que jovens (miseravelmente dominados pelo crack ), tem sido autores de verdadeiras atrocidades, de crimes horríveis, de furtos e roubos de quaisquer valores e que a culpa é dos pais que não controlam seus filhos. Estaria isto correto? Partindo de um apresentador (a) esta afirmativa se justifica ou foi impensada?
Nestes assuntos, lembro o ensinamento de Mahatma Gandhi: “Olho por olho e o mundo já estaria cego”.
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