4 de jun. de 2010

É aí que eu me refiro: A monotonia que parece agradar

Por Gislene Farion

Pinheiro Machado é uma cidade única. Única mesmo. Talvez nunca se encontre um lugar com tanta falta do que fazer e tão pouco movimento nas ruas... Engraçado que isso não parece ser um defeito, por um motivo ou outro, a maioria das pessoas acaba voltando.



Quem não mora aqui e um dia já visitou a cidade, geralmente comenta algum fato curioso e seja por um motivo cômico ou trágico, lembra de Pinheiro ou de algum pinheirense; quem já morou e precisou ir embora, acha sempre um jeitinho para rever os amigos ou simplesmente “descansar a cabeça”, afinal, quem passou parte da vida aqui e precisou seguir outro caminho (como eu), estranha bastante o excesso de movimento em uma cidade maior e muitas vezes pensa “que saudade de Pinheiro!”

O que tem de tão especial que nos faz voltar? Será essa falta do que fazer que acaba “agradando” tanto? Em qualquer outro lugar encontram-se diversas opções de lazer, há lugares suficientes para agradar do religioso ao ateu, do cansado com a rotina do trabalho ao que não tem muita ocupação... Enfim, só em Pinheiro não existem coisas que façam o pessoal ter realmente vontade de sair de casa e somos obrigados a descansar e ficar sossegados, o que é bom, mas que fique claro: só às vezes.

Coisas inexplicáveis... Por mais que surjam críticas quanto a isso, todo mundo volta, visita ou pelo menos, sente falta. Ou vai dizer que uma vez na vida, não dá nem que seja uma saudadezinha de ir ao mercado sabendo que não se perderá mais de 15 minutos na fila do caixa?

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8 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo artigo de estréia. Achei o tema interessante e está muito bem escrito. Vais ser uma excelente profissional, tenho certeza. Já estou curioso para saber sobre o que vais escrever da próxima vez.

Unknown disse...

Adorei o artigo Gislene :) como sempre escreves muito bem!

magnun disse...

É verdade, Gislene. Às vezes, as pessoas que saem de sua cidade natal esquecem o que ela tem de bom. No entanto a "falta do que fazer" não acomete só P.Machado, mas é característica de cidades pequenas.
Parabéns pelo texto!!!

Abços,
M

Unknown disse...

Engraçado, segundo o que tu falou, o pessoal de pinheiro que vai para outras cidades tem vontade de voltar, no mínimo a maioria.. Realmente engraçado, conheço pessoas, amigos que cresceram aqui, acabaram saindo de Candiota e definitivamente não querem mais voltar, e como não voltam, se orgulham do tempo que passam longe daqui! Já ouvi de algumas pessoas, e me deixa chateada, espero não ser assim quando eu sair daqui, se eu sair.. Acho que o lugar que tu cresce, que tu constroe tua personalidade, que faz amizades, e até inimizades, não devemos tentar esquecer, apagar da memória. Me orgulho muito de ter crescido aqui, em uma época em que ficarmos sozinhos nas ruas, o único perigo era de se tropeçar e cair hehe Muito bom o post, começou bem! :D

Mauro Vaz disse...

Parabéns pelo texto! Bem escrito. Mas eu ir para Pinheiro, apenas visitando meus pais. Ou quem sabe quando me aposentar, hehe.

Tuíra Barcellos disse...

Parabéns pelo texto Gislene, acho que nós pinherenses nos identificamos, e concordamos com pelo menos uma ou duas linhas. :D

Anônimo disse...

Parabéns Gislene,escreves muito bem!
Gosteii! :)

Fábio disse...

REALMENTE NÃO FICAR UMA HORA NA FILA, NÃO TEM PREÇO!ESCREVES BEM, PARABÉNS!