Pitaco: O cigarro em lugares públicos

Por Tiago Fagundes

Como todos que me conhecem bem sabem, não sou fumante. Entretanto, tenho vários amigos que tem o vício presente em sua vida. Não sou contra, nem a favor. Cada um sabe bem o que faz com sua vida e sua saúde.

Mas o problema acontece quando os não-fumantes, como eu, acabam compartilhando do vício em lugares públicos, sobretudo, locais pequenos e com bastante movimento.

Em algumas cidades da região, o consumo de cigarro em locais públicos, como clubes, restaurantes, locais de festas e repartições públicas já é proibido. É o caso de Bagé, por exemplo, onde o respeito a quem não fuma virou lei. Em outras cidades, muitos locais estão tomando a iniciativa por conta própria. Em Candiota, por exemplo, a principal balada da cidade criou um ambiente externo para quem quiser fumar durante a festa. Dentro do local, não é mais permitido.

Pinheiro Machado ainda está engatinhando neste sentido. Pelo menos em alguns restaurantes, a iniciativa também já foi tomada pelos proprietários. Apesar de respeitar quem fuma, acho inaceitável alguém fumar em um local onde outras pessoas que não tem nada a ver com o vício alheio estão se alimentando. Ponto para a terrinha.

Mas por outro lado, clubes e locais de festas ainda nem cogitaram a possibilidade. Em locais menores e sem ventilação, a prática acaba afugentando aqueles que não fumam. Exemplos de pessoas que deixaram de frequentar estes locais por causa da "fumaça na cara", do estado com que suas roupas e cabelos ficam e também por afetar sua própria saúde, não faltam.

Claro, é um assunto polêmico. Quem fuma, certamente, defenderá seu lado. Defenderá, talvez, que para proibirem o cigarro nestes locais, deverá haver, pelo menos, uma área destinada aos fumantes. E talvez neste aspecto, alguns locais na cidade ainda não tenham e até mesmo jamais terão estrutura suficiente para tal.

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