
Por Vinícius Peraça
A Copa do Mundo da África, independentemente do resultado que o Brasil tenha, já possui uma marca que dificilmente será esquecida. A dificuldade em se encontrar assunto relacionado ao futebol puro, isto é, àquele que acontece dentro de campo. Tudo virou notícia até aqui nessa edição da Copa, menos os gols bonitos, as pisadas na bola ou as rivalidades.
Tudo bem, temos que admitir que o nível dos jogos não está grande coisa. Com exceção de umas duas ou três partidas que empolgaram de verdade, o resto ficou naquele balaio de peladas que daqui a pouco não teremos lembrança alguma.
Deve ser por isso que outras coisas estão nas manchetes e nos debates sobre a Copa. É o tal do “cala boca Galvão”, as vuvuzelas, a Jabulani, os espalhafatos do Maradona, a namorada do Casillas... Tem besteira para todos os gostos. Mas nenhum assunto rendeu – e continua rendendo – tanto quanto a “briga” Dunga x Globo.
Depois do festival de gentilezas do treinador da Seleção contra um jornalista da emissora, ninguém mais discute se o Michel Bastos merece lugar no time ou se o Gilberto Silva erra passes de dois metros. Não. O negócio é defender um dos dois lados dessa briga de foice.
Dunga, até outro dia aclamado como a besta que só escala brucutus, passou a ser herói para boa parte da nação. E não tanto pelas vitórias do time, mas sim por supostamente encarar a Globo sem medo de retaliação. Dizem seus defensores: “Até que enfim alguém enfrenta o poder global”. E os bairristas ainda completam, de peito estufado: “Tinha que ser um gaúcho!”.
O resultado parcial dessa besteira toda é que de um lado Dunga não fala, enquanto a Globo, que ensaiou uma reação forte contra o técnico, faz de conta que o embate não existe. Agora, uma coisa é certa, podem anotar: temos dois cenários para assim que essa Copa terminar para a Seleção.
1) Brasil eliminado: Dunga será esculachado pela emissora por muito tempo. Terá marcado na paleta o rótulo de arrogante, intransigente e defensor de um exército de volantes que levou o time a um “fiasco” inesquecível. Lembrarão a falta que fez Ronaldinho, Ganso, Neymar...
2) Brasil campeão: Dunga será o gênio que enfrentou toda a desconfiança da torcida sob sua inexperiência e transformou uma Seleção desacreditada após 2006 no time guerreiro e vitorioso de 2010. Ele tinha razão ao barrar Ronaldinho, Ganso e Neymar.
Como diria o carioca Otto Glória, ex-técnico falecido em 1986 e que fez sucesso em Portugal, “quando o treinador perde é uma besta, quando vence é bestial”. Vejamos o que restará ao Dunga.
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4 comentários:
Faltou citar a rrrrrrrrrrrr Larissa Riquelme!
uhaiuhaai
Essa sim, é o destaque da copa!
Muito bem colocados os pontos de vista. Ótimo texto Vinicius.
Concordo com o anônimo ali em cima faltou citar a que brilhis muito na copa LARISSAAAA RIQUEEEEELME!!
sempre concordo com o que tu escreve.
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