Por Julio Peraça
O esporte sempre foi tratado como uma forma positiva no processo de desenvolvimento das crianças, seja pelo aspecto da saúde, socialização, entre tantos outros. Mas o que pouco se discute é a forma como o desporto é trabalhado na infância e adolescência.
Historicamente, podemos visualizar métodos controversos. Os professores-treinadores costumam ignorar a faixa etária das crianças e tratam estes como adultos em miniatura, trabalhando geralmente em cima dos gestos repetitivos e modelos de competições, esquecendo totalmente o lado lúdico. Com certeza, o modelo agonístico – este que enfatiza competição contra algo, alguém ou si mesmo – pode ser benéfico no processo de desenvolvimento, mas em indivíduos com faixa etária entre 6 e 12 anos, por exemplo, a metodologia deve colocar o lúdico em primeiro lugar, para que haja maior interesse por parte dos participantes. Quanto mais jovem a criança for, mais aberta às atividades ela estará e, assim, poderá ter melhoras significativas nas habilidades intelectuais, afetivo-sociais e físico motoras.
Porém, alguns detalhes negativos podem desmotivar esta criança ao longo dos anos, como a interferência dos pais no processo de aprendizagem. Estes – frustrados por não terem tido oportunidade de vencer através do esporte – vislumbram nos filhos a chance de um futuro economicamente melhor. E é nesse momento que o professor deve intervir e explicar a importância da metodologia adotada. O cuidado com este tipo de situação deve ser constante, evitando que a criança crie desgosto pelo esporte e futuramente desista de praticar.
Portanto, é importante a valorização do esporte em todas as etapas da vida, principalmente na infância, mas sempre respeitando as individualidades de cada um. A ideia deve ser sempre proporcionar à criança o conhecimento do maior número de esportes possíveis.
O incentivo ao esporte e um trabalho bem feito refletirão em um estilo de vida mais ativo dos jovens no futuro.
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