Por Gislene Farion
Sou a favor do ENEM. Digo, a favor da ideia das universidades aderirem a este tipo de prova para selecionarem seus alunos, pela maneira mais ampla que os assuntos são abordados, deixando a famosa “decoreba” de lado e acredito que assim, possibilitando até aqueles que pararam de estudar há mais tempo, terem a chance de fazer um curso de graduação.
No último fim de semana, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio foram realizadas em todo país e as surpresas começaram nos primeiros minutos da aplicação: questões repetidas e erros no cartão de respostas foram facilmente identificados pelos estudantes. Confesso que não acreditava na total melhora do processo seletivo de um ano para o outro, mas acreditei que os devidos cuidados iam ser tomados para que não ocorressem desastres. E embora diversas vezes criticar a política, a justiça e o que é feito no país, eu ainda tinha um pouquinho de esperança que as coisas pudessem melhorar sim, mas não foi dessa vez.
E agora? Anular o exame, realizar nova prova para milhões de estudantes e obter prejuízo nos cofres públicos ou deixar os alunos “premiados” com tais erros sem nova oportunidade e deixar tudo como está? O assunto é complicado, envolve diversas questões e ainda vai dar muito que falar, tenho certeza.
O pior, é que nem sempre os problemas no Brasil são resolvidos visando o melhor para a população, que é a maior interessada e a maior injustiçada. É lamentável alunos terem de refazer a prova, mas também não deixa de ser curioso... Até então, o ministro da educação não cogita realização de nova prova para todos e sim, apenas para aqueles que se sentiram diretamente prejudicados, a dúvida é: será que alguns que não se saíram tão bem, gostariam de ter recebido a prova com erros para terem nova chance? Coisas do Brasil...
A cada dia aparecem mais polêmicas sobre o caso: o uso do lápis que foi proibido, o possível vazamento do tema da redação, divulgação de fotos das salas na hora das provas... Enfim, mais uma vez, a bagunça está formada. Resta a nós, vítimas ou meros expectadores desse desagradável caso, aguardar para que os futuros universitários sejam tratados com devido respeito e que sejam tomadas as atitudes necessárias para resolver o problema.
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