Por Gislene Farion
Como toda criança, eu adorava o Natal. Eram tempos felizes: reunir a família, ganhar presentes, sentir-se bem em meio àquelas pessoas que me viam crescer... Os anos foram passando e eu comecei a reparar nas outras pessoas e principalmente nas outras crianças em dias como esse. De um lado, viam-se algumas deslumbradas com presentes caros, bonecas, carrinhos modernos, vídeo-games e do outro, a maioria simplesmente feliz por receber balas do velhinho de barba branca.
Essa maioria provavelmente fazia parte de uma família de mãe solteira, com 5 ou 6 filhos para criar, que mal tinham o que vestir, mas que apesar de tudo estavam ali, festejando sabem-se lá eles o que, mas felizes por simplesmente estarem ali.
Os costumes natalinos de trocas de presentes, cartões e comidas especiais não são nem um pouco agradáveis para quem vive em meio à pobreza. É o legítimo “uns com tanto, uns com tão pouco” e eu reparo mais nessas coisas nessa época do ano que em qualquer outra. Sinceramente não entendo isso: acontece o ano inteiro, em todo lugar, mas é na noite de 24 de dezembro que isso me entristece profundamente, acho que justamente por ser uma tradição essa história dos presentes. Enquanto alguns ganham o que querem, outros apenas sonham.
Olha que curioso: há dias venho pensando no assunto que, a princípio, havia escolhido para tratar aqui. Acredito que não poderia ser outro. De repente, me deparei com o lado negativo dessa epoca do ano, resolvi mudar o assunto, mas confesso que não consegui direcionar meu pensamento para nenhuma outra coisa que não fosse a realidade da maioria da população, que fica mais evidente nessa epoca. Mas agora, acho que a minha ideia para este texto tenha tomado outro caminho... Eu falei de SONHOS e se eles realmente existem na cabeça dessas crianças, eu não posso estar falando em um lado tão negativo assim.
Desejo de verdade, que mesmo as que não vivem em boas condições, que não têm o Natal ou a família que merecem, sonhem. Que apesar de todas as dificuldades, almejem algo melhor e que cada uma consiga ser feliz da maneira que vive e com o pouco que tem.
Como toda criança, eu adorava o Natal. Eram tempos felizes: reunir a família, ganhar presentes, sentir-se bem em meio àquelas pessoas que me viam crescer... Os anos foram passando e eu comecei a reparar nas outras pessoas e principalmente nas outras crianças em dias como esse. De um lado, viam-se algumas deslumbradas com presentes caros, bonecas, carrinhos modernos, vídeo-games e do outro, a maioria simplesmente feliz por receber balas do velhinho de barba branca.
Essa maioria provavelmente fazia parte de uma família de mãe solteira, com 5 ou 6 filhos para criar, que mal tinham o que vestir, mas que apesar de tudo estavam ali, festejando sabem-se lá eles o que, mas felizes por simplesmente estarem ali.
Os costumes natalinos de trocas de presentes, cartões e comidas especiais não são nem um pouco agradáveis para quem vive em meio à pobreza. É o legítimo “uns com tanto, uns com tão pouco” e eu reparo mais nessas coisas nessa época do ano que em qualquer outra. Sinceramente não entendo isso: acontece o ano inteiro, em todo lugar, mas é na noite de 24 de dezembro que isso me entristece profundamente, acho que justamente por ser uma tradição essa história dos presentes. Enquanto alguns ganham o que querem, outros apenas sonham.
Olha que curioso: há dias venho pensando no assunto que, a princípio, havia escolhido para tratar aqui. Acredito que não poderia ser outro. De repente, me deparei com o lado negativo dessa epoca do ano, resolvi mudar o assunto, mas confesso que não consegui direcionar meu pensamento para nenhuma outra coisa que não fosse a realidade da maioria da população, que fica mais evidente nessa epoca. Mas agora, acho que a minha ideia para este texto tenha tomado outro caminho... Eu falei de SONHOS e se eles realmente existem na cabeça dessas crianças, eu não posso estar falando em um lado tão negativo assim.
Desejo de verdade, que mesmo as que não vivem em boas condições, que não têm o Natal ou a família que merecem, sonhem. Que apesar de todas as dificuldades, almejem algo melhor e que cada uma consiga ser feliz da maneira que vive e com o pouco que tem.
Clique aqui para ler outros artigos deste colaborador
Clique aqui para ver o perfil dos colaboradores do blog
4 comentários:
Perfeito o texto, me identifico muito com esse assunto, pois nasci numa familia pobre e nunca tive um presente de Natal quando criança, hoje graças ao meu trabalho consigo dar presentes aos meus seis afilhados,e é maravilhoso ver o sorriso no rostinho deles; mas tem aqueles que nem um padrinho tem pra ganhar um presentinho, é muito triste enquanto os coleguinhas de escola contam q vão ganhar presentes caros e escolhidos por eles.Quanta desigualdade!Será que um dia isso terá fim?
Oi Gislene.
Como tu, quando era criança adorava o Natal. Até porque passávamos sempre em Porto Alegre na casa da minha Dinda e, como eu era a menor, ganhava muitas coisas. Os maiores pacotes eram os meus, bonecas lindas, roupas entre outras coisas.
Cresci e comecei a ficar deprimida nesta data pelo fato de eu ter tanto e tantas outras pessoas não terem nada. Principalmente uma ceia com muita comida na noite de Natal.
Quando entra dezembro já começo a me deprimir a me sentir mal com a proximidade dessas datas festejadas com tanta fartura por uns e com tanta miséria para outros.
Até se tenta fazer alguma coisa por alguém, tipo as cartinhas para apadrinhamento ou dar alguma coisa para alguém conhecido mas mesmo assim fica muita gente de fora.
Fui na câmara para apadrinhar alguém e fiquei abobada com as cartas das crianças que, coitadinhas realmente "sonham" que alguém vai lhes dar um computador, uma bicicleta, uma boneca que fala, um video game, celular entre outras exigências que se tornam muito caras para os dias atuais.
Me emocionei quando li uma carta em que o menino pedia um rancho para a vozinha que estava desempregada. Sinceramente chorei e resolvi adotar essa. Ele nem sonhava nada pra ele mas para saciar a fome de sua vozinha.
Um anônimo desses criticou a iniciativa mas em algum ponto ele tem razão. Por que fazer esse tipo de campanha somente nesta data se no restante do ano eles tbm não tem o que comer, vestir, material escolar, etc...
Quem sabe surjam outras campanhas por ai não é mesmo!?
Não foi a campanha que eu critiquei, muito pelo contrário, eu acho uma campanha incrivel, eu so critiquei o modo como foi feita pq, só lembram de fazer isso no natal e como bem diz a Niaia, as crianças sentem fome no ano inteiro e não apenas no natal.
Parabéns Gislene pelo texto ficou perfeito!!!!
Gislene, teu texto está perfeito e reflete em gênero, número e grau o que exatamente eu acho, é uma data muito melancólica e a medida que crescemos vai ficando ainda mais triste, não só pelos que pouco ou nada tem, mas pela ausência das pessoas que um dia estiveram nestas datas conosco, acho deprimento apesar de ser o data do nascimento de Cristo seu foco foi totalmente transformado, infelizmente...
Postar um comentário