Por Luiz Henrique Chagas da Silva
Temos visto as mais diversas formas de traição. Desde os tempos de Judas, talvez a mais marcante de todas as traições, este procedimento é condenável no comportamento do homem. Tivemos Silvério dos Reis que mandou a forca e ao esquartejamento o então “tirador de dentes, mineiro” (Tiradentes) para transformá-lo em herói nacional, no entanto talvez tenham sido só os dois fatos mais marcantes que a história leva aos estudantes.
A traição apresenta-se sempre cercada de justificativas, cercada de um turbilhão de considerações que explicariam o ato, no entanto, sempre foi e sempre será condenável. Algumas não trazem claramente as consequências graves que outras culminam, mas nem por isso são menos repudiáveis. Usar de artimanhas, empenhar a palavra e não cumprir são formas graves de se mostrar um traidor e ao traído sempre restará uma mágoa.
Um homem não se mensura pelo que diz, mas essencialmente pelo que faz e ai está o grande perigo, pois se torna muito fácil falar algo e agir de forma absolutamente contrária ou simplesmente esquecer aquilo que se falou. Por vezes dizemos, ainda que sem medir as consequências, que se ganharmos na Mega Sena, fulano de tal será nosso assessor, será nosso administrador ou simplesmente será nosso favorecido e se realmente ganharmos nessa loteria, cumpriremos? E olha que são diversos os tipos de loteria que a vida nos apresenta e, às vezes, não se define por sorteio, então é melhor não prometer nada ou cumprir depois, o que se prometeu hoje.
Outra forma de traição que vemos e via de regra não percebemos, é cometida diariamente e traz as piores consequências: é a que praticamos contra nossos princípios, nosso modo de ver e viver vida, e aí, sentimos vontade de ser uma tartaruga e esconder a cabeça inteira dentro do casco, até que a vergonha amenize. Passamos por pessoas amigas e sequer as cumprimentamos, deixamos de oferecer um sorriso àqueles que se dirigem a nós, e outros tantos procedimentos que magoam os nossos semelhantes e praticamos inconscientemente, porém, quando o fazemos sabedores que nosso gesto, e nossa atitude causar danos, trará mágoas, não tem como esconder o rosto, pois o domínio público nos tornará sempre alvo de julgamento e sofreremos a condenação, ainda que silenciosa.
A nossa condição de “humanos” nos torna falíveis e porquanto previsíveis de errar a qualquer momento e constantemente, mas sempre com um dever de tentar corrigir ou ao menos reparar nossos erros, porém, sabemos, eu e você, que isto não é fácil, que é muito simples falar aqui, que escrever sobre isto, muito já foi escrito, mas daí até chegar a praticar, o caminho é muito longo, árduo e que requer extrema vigilância pessoal.
Para meditar:
"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…" - Sun Tzu
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Um comentário:
Traição é algo repugnante.
Não entendo o que leva uma pessoa a fazer isso.
Eu tô sofrendo na pele as consequências de uma traição.
Respondi há um mês uma sindicância por um e-mail (no período da política) enviado aos meus contatos e um deles reenviou a uma outra pessoa com intuito tão somente de traição, de fofoca.
Mas, como eu tenho certeza que: "Deus tem muito mais a me dar do que o diabo a tirar", não vou me desesperar, apenas esperar porque o que aqui se faz aqui se paga.
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