30 de mar. de 2011

Buscando Rumos: Então tá!



Por Luiz Henrique Chagas da Silva

Tem coisas difíceis de entender, quase impossíveis de compreender: Como pode os envolvidos no “mensalão” não serem julgados, culpados ou inocentes, mas julgados, simplesmente serem colocados no esquecimento por conta da “prescrição”? 

Está prestes a obter aprovação junto ao legislativo federal, substancial alteração no sistema eleitoral do País. Se aprovadas as ditas alterações, nós, eleitores, estaremos verdadeiramente, elegendo “nabos em saco”, pois votaremos no partido, numa lista elaborada pelo partido e não mais no candidato. Nome? Para que nomes? Personalidade, caráter, moral, tudo isto é dispensável, em nome da supremacia da necessidade de fortalecimento dos partidos políticos, da facilidade do financiamento público de campanha e assim por diante. Será que nos darão o direito ao voto facultativo? Claro que não. 

Comenta-se que serão proibidas as coligações para as próximas eleições e que, com o “voto em lista”, o eleitor terá "grande vantagem" de não correr o risco de eleger algum candidato de outro partido, no entanto, esse mesmo eleitor, que terá reservado o seu “direito” de não eleger um candidato de outro partido, fatalmente não saberá com antecedência, em quem está votando, quais candidatos, exatamente, está elegendo, muita embora venha a conhecer a nominata do partido. 

Sou absolutamente ignorante em termos de legislação eleitoral, não consigo vislumbrar um desejo claro de fazer valer a vontade do eleitor, pura e simplesmente, o que, para mim, ocorreria com o simples cancelamento da proporcionalidade, isto é: continuariam as coligações, cada partido com seu rol de candidatos e o eleitor votando naquele que lhe parece melhor e no final, apurados os votos, no nosso caso, para Câmara, os nove candidatos que obtiveram maior votação seriam os eleitos. Simples não? 

Comentando este assunto com um amigo, me foi feita uma colocação interessante, quando dizia-me ele: “Eu acho que não deveria ser exigido filiação em partido para concorrer, quem quisesse concorrer sem ter partido, deveria poder, por que não?” Sabe qual foi a explicação que dei a ele para que não funcionasse assim? Nenhuma!


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2 comentários:

Anônimo disse...

Isso vai perpetuar quem esta na politico, novos nomes não terão chance

Anônimo disse...

Ba meu, com essa eu não esperava, são os politicos de hoje se perpetuando no poder