
Por Gislene Farion
Há quem diga que o ano só começa depois do carnaval, portanto, nosso 2011 começou essa semana e com surpresas desagradáveis. Meu último texto aqui há pouco mais de um mês falava da estiagem que vínhamos sofrendo e dos riscos que corríamos pela falta d’água.
Hoje, não tem como não tratar da situação de São Lourenço do Sul. Dá para acreditar que toda essa tragédia é aqui perto? É a natureza dando sinais de que está tudo errado mesmo. Nossa atitude está errada. Quando aparentemente está tudo indo bem, ninguém para e pensa no quanto prejudicamos o meio ambiente com pequenos atos. É na hora dos desastres sejam eles no Brasil ou no Japão que vimos o quanto estamos correndo riscos.
De repente, acordamos em uma quinta-feira pós-carnaval e a única notícia que se sabe é que a cidade próxima está embaixo d’água. Essa mesma água que nos falta por aqui, lá tem de sobra, “para dar e vender” e destruir tudo.
Ninguém sabe o que fazer numa situação dessas. Não nascemos preparados e esperando que de uma hora para outra seja preciso nadar para conseguir sair de dentro de casa. É comovente ver as notícias de pessoas que não querem deixar o lugar onde vivem, por medo de perder o pouco das coisas que não foram levadas pela água. E pensamos o que disso? Sinceramente não sei. Ver uma situação dessas é totalmente diferente de vivê-la. A maioria dessas pessoas são aquelas que levaram uma vida inteira para conseguir construir aquilo tudo... Conformar-se de que jeito vendo anos de esforços para conseguir tudo que se tem ir embora dessa maneira?!
O desespero toma conta até de quem está de fora e pouco pode fazer. Ter força para reconstruir uma casa e principalmente uma cidade não é fácil, mas é preciso ter consciência de que a vida é o nosso bem mais importante.
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2 comentários:
concordo, quando assistimos as tragedias pela televisão, la no japão ou até mesmo no brasil em outros estados ou cidades distantes, ficamos penalizados por alguns instantes, mas quando é do lado de nossa casa o tranco é mais forte,quase todo mundo conhece ou conhece alguém que conhece pessoas de são lourenço a tragedia fica mais pessoal, ta na hora de acordar gente e tratar o meio ambiente com respeito os proximos podem ser nós.
E isso ai Gislaine.
Várias vezes falei do descaso das pessoas com o meio ambiente.
A conscientização das pessoas não vem nunca nem mesmo com esse tipo de tragédia.
Ainda bem que não somos rodeados por água e que estamos muito alto do nivel do mar porque nossa comunidade é extremamente alheia a preservação do meio ambiente.
Para comprovar isso basta andarmos na volta da praça central nos finais de semana, principalmente.
Sábado mesmo vi um funcionário de um bicão derramar no bueiro da esquina da farmácia um balde de gordura. Um cachorro de rua entrou pela metade no bueiro pra poder "lamber" a sua refeição.
Copos, garrafas, palitos, plásticos, essa é a realidade da praça central, cartão postal da cidade, nos finais de semana.
Infelizmente a realidade é dura.
Se penalizar com os outros é grandioso, tentar ajudar é sublime, mas acredito que melhor de tudo seria a prevenção.
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