16 de abr. de 2011

Buscando Rumos: Tolerância zero

Por Luiz Henrique Chagas da Silva

O Brasil todo está enlutado pelo triste episódio ocorrido em Realengo, Rio de Janeiro, pois o que parecia que só acontecia nos Estados Unidos tornou-se uma realidade para nós, brasileiros. Neste momento de dor, revolta, lamentações, enfim, em que de alguma forma todos os brasileiros estão sofrendo, os nossos nobres legisladores e membros do alto governo decidem que é hora de ser realizado um plebiscito para definir se o povo quer ou não o desarmamento. 

Se é favorável ou não, que se proceda ao desarmamento geral de toda a população (toda a população?); irão desarmar a quem? Isto já foi tentado, já foi realizado, inclusive indenizando as pessoas (de bem) que abriam mão de suas armas. Resolveu alguma coisa? Diminuíram os índices de criminalidade? Evitou verdadeiros massacres? Mas voltam com a mesma vacina para uma enfermidade social cujos afetados são cada dia maiores. 

Seguramente, muitos dirão que este não é um problema exclusivamente brasileiro, que muitos países estão passando pelos mesmos problemas e que foram capazes de combater a criminalidade, no entanto, muito se fala e teve repercussão internacional o procedimento denominado “tolerância zero”, enquanto aqui, é “tolerância total”. 

Os meios de comunicação têm revelado com freqüência a situação assustadora da região denominada como “crakolandia”, onde o tráfico e consumo de drogas é feito abertamente, na via publica, aos olhos de todos os responsáveis pela segurança, pela fiscalização do cumprimento da lei e, parece, nada é feito, não se desenvolve uma política de atendimento ou mesmo repressão aos crimes ali praticados. 

A nossa querida Pinheiro Machado, ao que se saiba, não tem ainda focos de grande traficantes, mas são das pequenas sementes que surgem as grandes árvores e o poder público, Polícia Civil, Brigada Militar, Ministério Público e Juiz de Direito, parecem corroborar este pensamento, na medida em que tem realizado operações e logrado êxito na prisão de ditos “pequenos traficantes”. 

Se de um lado os órgãos policiais investigam e prendem, de outro, o Ministério Público e o Juiz, obviamente, sempre ao amparo da lei, tem homologado estas prisões e retirado do convívio social aqueles que vinham lucrando com a venda de drogas em nossa cidade, alheios ao mal que estavam fazendo e a destruição que estavam semeando. A ação policial, quer civil, como dos policiais militares é sempre muito complicada e difícil, face aos diversos crimes que são praticados nas comunidades, no entanto, embora não esteja autorizado pelos dirigentes das polícias de Pinheiro Machado, entendo que é necessário uma efetiva participação da sociedade, lesados ou não, vitimas ou não. 

É preciso que um número elevado pessoas tornem-se colaboradores e que, mesmo que anonimamente, denunciem a prática de crimes, em especial o tráfico de drogas, a venda de drogas, por menor que sejam as quantidades vendidas e não importando quem sejam os envolvidos e assim, e acho que só assim, possibilitaremos que nossas forças públicas obtenham sempre sucesso e os destruidores de vidas sejam responsabilizados a luz da legislação. 

Para meditar: "A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo - Anaïs Nin
 

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