
Por Luiz Henrique Chagas da Silva
As opções nos programas de televisão durante toda a semana são bastante limitadas, mas quando chega segunda-feira fica pior ainda. Nesta segunda decidi por assistir o programa Tribuna Livre (Rede Vida de Televisão), oportunidade e que estava sendo entrevistado um professor universitário e palestrante, cujo nome não me recordo. Já nas primeiras perguntas formuladas pelos apresentadores, simpatizei com o entrevistado e pareceu-me tratar-se de uma pessoa muito acostumada a falar à assistência numerosa. Sua forma convicta de expressar pensamentos, o alavancamento de suas opiniões em fatos reais, a objetividade em detrimento a suposições acabaram por prender minha atenção.
Em determinado momento da entrevista foi-lhe questionado que, sendo a vida uma sucessão de etapas, como seria possível estabelecer prioridades, no que o entrevistado foi taxativo e em momento algum titubeou para responder: É certo que a vida é uma sucessão de etapas, e não há como priorizar uma em relação às demais, porém, é preciso sim, aprender a selecionar essas etapas e aprender a eliminar aquelas que só nos causam transtornos, que nos tiram o sono, que vão dormir conosco na nossa cama e parecem fixar residência em nosso subconsciente e que na verdade, não tem tanta importância assim.
Para exemplificar o que acabara de dizer, o entrevistado menciona a situação em que você é vitima de uma injustiça, de uma calunia, enfim, de uma inverdade e você fica se remoendo, gastando seu tempo, suas energias, pensando em como vai desmentir, como vai provar que não é verdade aquilo que foi dito a seu respeito, quando o melhor a fazer é preparar-se para esquecer, é dimensionar se o autor das inverdades é merecedor de alguma consideração, se a situação do seu agressor não é meramente uma forma de agredir por agredir, não busca simplesmente ofuscar o seu brilho e, principalmente, é preciso que você tenha a certeza de que a verdade sempre se revelará, poderá até tardar um pouco, mas fatalmente se revelará.
Nesta mesma oportunidade e falando ainda sobre o mesmo assunto, o entrevistado evidencia que você, fazendo isso, procurando esquecer as calunias, as inverdades, não se atormentando com isso, estará selecionando o seu tempo e disponibilizando mais espaço para realizar outras atividades bem mais importantes, passando a descrever métodos de seleção de tempo e não de prioridades.
Pena que não tenhamos condições o suficiente para poder trazer de São Paulo um palestrante de tanta competência e palavras fáceis, conhecimento acentuado e experiência incontestável. Não tenho idéia de qual seria o valor de uma palestra com um homem destes, ex-padre e professor universitário, que apesar de jovem, parece armazenar uma sabedoria muito grande e com uma facilidade enorme para se comunicar.
Quem sabe um dia tenhamos esta possibilidade e possamos aprender um pouco a administrar o nosso tempo, pois, segundo o mesmo palestrante, é esta a grande dificuldade dos tempos modernos: administrar o tempo, sabendo dar importância tão somente àquilo que realmente tem importância e não a fatos que, se analisados friamente, não são capazes de alterar em nada o nosso presente ou futuro.
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Um comentário:
Eu também assisti: O entrevistado era o Sr Dalcides Biscalquin, palestrante no seguimento de auto ajuda, comunicólogo e professor universitário nas áreas de Administração e Comunicação.
e fez lembrar das mentiras que ambas sendo ditas aqui em pínheiro, em especial nas radios.
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