Correio do Povo noticiou
Foto: Vinícius Rorato |
Pelo apetite demonstrado, aprovou o cardápio à base de costela, pernil e paleta de borregos das raças Merino Australiano e Corriedale. Os 150 quilos de carne foram oferecidos por produtores de Pinheiro Machado, que aguardam o sinal verde do Ministério da Agricultura ao pedido de indicação geográfica da carne de ovino produzida no município.
A cidade, já tradicional no setor, quer ser reconhecida oficialmente como a terra da ovelha, a exemplo de Não-Me-Toque, batizada por lei como Capital Nacional da Agricultura de Precisão.
Ovinocultura reivindica incentivo
Durante o almoço ontem na Capital, ovinocultores de Pinheiro Machado sugeriram ao ministro da Educação, Fernando Haddad, de passagem pelo Estado para assinatura de um convênio, que o governo federal insira a carne ovina na merenda escolar, a exemplo do programa que funciona na rede de ensino municipal.
De acordo com o prefeito Luiz Fernando Leivas, no primeiro semestre deste ano, 1,6 mil quilos de carne ovina foram servidos nas oito escolas da cidade. "Esse tipo de ação estimula o setor produtivo e pode ser adotada em escala maior", sustenta Leivas. Ao governador Tarso Genro, o grupo solicitou apoio ao projeto, que prevê a instalação de agroindústria e planta frigorífica para abate de ovinos.
A área já existe, mas faltam R$ 900 mil para obra civil e equipamentos, explica Maicon Bonini, membro do Conselho Técnico do Núcleo de Criadores de Ovinos e Caprinos. A ovinocultura representa 50% da arrecadação municipal proveniente do campo.
Ao receber o pedido, o governador apresentou números atingidos pelo programa Mais Ovinos. Até esta semana, o Banrisul financiou a retenção ou a aquisição de 157.164 matrizes com um total de R$ 39,6 milhões.