26 de ago. de 2011

Pitaco: Uma região parada no tempo

Por Tiago Fagundes

Lendo hoje a postagem publicada pela amiga e colaboradora Nadiane Momo, eu seu blog pessoal, denominada Procurar emprego em Candiota = Procurar agulha no palheiro, resolvi estender o tema aqui no blog.

A situação em Candiota (ainda assim, o município de pequeno porte que mais oferece oportunidades na região) é a mesma vivida por Pinheiro Machado, Piratini, Herval, Pedro Osório, Cerrito e Hulha Negra. Nossa região, infelizmente, parou no tempo. Não existem novos investimentos, a não ser aqueles da iniciativa pública, em obras para o benefício da comunidade, os quais raramente vão além do limite de suas obrigações.

Nossos governantes, aqui, ali e acolá, ontem e hoje, ainda se conformam com a ideia de que ofertar empregos para as comunidades da região não ultrapasse o limite de oferecer vagas em suas prefeituras, com raras exceções. E só. Talvez, não seja nada fácil atrair investimentos de grande porte da iniciativa privada para uma região sem perspectiva e sem estrutura. Mas também não há nenhum sinal de que se busquem tais investimentos.

A iniciativa de trazer polos educacionais de nível pós-médio e superior para estes municípios, é louvável. Mas servirá apenas para retardar em uma etapa a saída dos jovens da região para centros mais desenvolvidos, pois se não houverem empregos para os recém formados, que sejam compatíveis com a formação que acabaram de obter, não haverá motivo pelo qual permaneçam por aqui. Seguirão tomando outros rumos, como tem sido há vários anos e a região, continuará nas mesmas.

O desafio, para os governantes das cidades acima citadas, continua o mesmo, há muitos e muitos anos: atrair investimentos que tragam empregos em larga escala, para que os jovens não precisem buscar uma nova vida em Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul, Bento Gonçalves... só para citar algumas. 

E aí, alguém se habilita?

Clique Aqui para ler outros artigos deste colaborador
Clique aqui para ver o perfil dos colaboradores do blog

9 comentários:

Niaia disse...

Assino em baixo Tiago.
E a consequência de nossos jovens irem embora vão além da busca do emprego, isso deixa as famílias apartadas e os pais tem que conviver com a saudade dos seus filhos que partem em busca de oportunidades.

Anônimo disse...

Sou um destes que saiu da terrinha em busca de emprego.
Moro em Caxias e aqui Pinheirense tem aos montes.
As empresas buscam mão de obra e muitas vezes não acham.
Acho que a nossa região parou por uma questão de cultura: o povo quer emprego, mas não quer trabalhar!
Em Caxias por exemplo, o ramo metalúrgico predomina, fábrica de ônibus, fábrica de carreta, de auto-peças...aqui, jornadas de 12 à 18hs de trabalho é normal, na nossa região, isso é um absurdo!
Para os empresários "gringos" daqui, o povo da "fronteira" é preguisozo.É brabo o trosso!

Anônimo disse...

Acho que o povo é malandro, mesmo.
Tenho uma chácara no interior do município e às vezes preciso de mão-de-obra lá fora e não existe.
Fiz o plantio de milho e agora no período da colheita, ofereci à duas pessoas da cidade, desempregados por sinal, R$40,00 por dia e mantido (com alimentação)e os camaradas me enrrolaram e não quiseram. Preferem ficar na ressolana! Na minha opinião, a região é parada porque o pessoal é preguisozo.

Anônimo disse...

Aqui em Pinheiro e região, se há um feriado na quinta, sexta não se trabalha e ainda o povo reclama!
Alguns empresários da nossa cidade, donos de mercados especiamente, enriqueceram em Pinheiro e são descendentes de alemães, italianos, trabalham de domingo à domingo!
Gente, nada cai do céu! Se quiserem melhorar de vida, botem os braços!

Nadiane C.S.Momo Spencer disse...

Oi Tiago, obrigada pela referência e acho que o assunto rende aos montes. Concordo também que o problema é regional e nós jovens, precisamos sim, discutir os problemas sociais e econômicos da nossa cidade e região. Como já conversamos, temos carinho por nossas cidades, nossos amigos e família, enfim, laços fortes e acima de tudo, esperanças de oportunidades. Quanto a mão-de-obra braçal, concordo também com os comentários acima, os serviços de campo, de pedreiro, por exemplo, contam com muitos "preguiçosos" e em muitas outras profissões também. Só que temos um problema no "sistema" da região que vive uma inércia em comparação a Metade Norte como tu disse Tiago que é bem sério e complicado. Sinceramente eu não sei nem qual seria a "sáída" para tudo isso. Esperamos mesmo por ações mais fortes dos nossos governantes!Vemos mesmo como dizes, propagandas e propagandas de cursos, faculdades e etc, mas deixo a pergunta: Onde vai trabalhar toda essa gente que se forma???!!!!

Anônimo disse...

Tiago,

Para contribuir, acredito que passa por uma mudança cultural na região, as pessoas precisam ser mais empreendedoras, ter mais ambição, praticar o TBC (tirar a bunda da cadeira) ou o TBS (tirar a bunda do sofá). Mas essa mudança leva tempo.
De imediato, como a base da nossa economia (empregos) é o agronegócio, excluindo o funcionalismo público, infelizmente o maior empregador do município, precisamos aumentar a produtividade das nossas propriedades rurais, através de transferência de tecnologia e investimento. Qualquer palestra técnica ou curso técnico é uma dificuldade para ter casa cheia. Também precisamos fomentar nossa agroindústria, agregar valor para a nossa produção.
Temos a mineração, responsável em grande parte pela arrecadação do município, porém atualmente com um efeito multiplicador reduzido.
Por fim, acredito que essa mudança cultural passa pela retenção dos jovens no município e região, capazes de proporcionar essa transformação.

Anônimo disse...

Eu concordo com o tiago. Acho que ate pode ter empregos de mão de obra primária e aí sim, tem alguns preguiçosos. Mas pra qm estuda e se forma, seja técnico ou superior, n resta outra alternatriva a n ser sair daqui. Sempre foi e sempre será.

Anônimo disse...

esqueceu de pedras altas municipio feito para uma familia se dar bem na vida.agora apareceu um vereador espertaleão que jura ser prefeito,quando tudo vai bem ele que fez,mas quando vai mal se esconde...desemprego total por aqui eos governantes ñ fazem nada,ñ é daqui mesmo vem so pegar o dinheiro do povo,depois vai descansar em pelotas.

Anônimo disse...

A região é parada por uma questão de cultura, de raça. Aqui predomina o brasileiro nato, o chamado pelo-duro, cruzado com uruguaios, argentinos. Somos preguiçosos, não temos espírito empreendedor.
Os imigrantes italianos que se instalaram na serra gaúcha, desbravaram terrenos acidentados, improdutivos, no meio do mato e hoje a região é riquíssima.
Nenhum empresário se arriscaria em instalar uma empresa numa região dessas, onde só se pensa em feriadão, qualquer dor de barriga é motivo de atestado. É lamentável, mas é o que se passa.