27 de jan. de 2012

Produtores de ovinos visam mercado de lã e melhoramento genético para o rebanho

Segundo Paulo Afonso Schwab (foto ao lado) – Presidente da Arco e do Sindicato Rural de Cachoeira do Sul – a edição deste ano da Feovelha está com uma característica bastante peculiar. Os produtores estão segurando mais o rebanho no campo, uma vez constatado durante o ano de 2011 os bons preços pagos pela carne e um mercado ainda melhor no que se refere ao preço da lã. “Em 2011 quem tinha ovelha no campo queria vender mas agora o produtor está mais preocupado com a qualidade do rebanho, retendo as matrizes no campo e investindo em genética, o que é um reflexo positivo uma vez que os produtores estão mais preocupados em aumentar e melhorar a qualidade dos ovinos” afirma Schwab. O presidente salienta ainda que a Feovelha é a feira mais importante da ovinocultura em termos de quantidade e qualidade dos animais, “nenhuma feira no RS supera os números e a qualidade do rebanho apresentado na Feovelha”.

É importante destacar também que a situação da ovinocultura hoje está muito boa graças a existência de programas do Governo do Estado para o aumento do rebanho. Este foi um dos primeiros compromissos firmados pelo Governador Tarso Genro dentro da Feovelha em 2011. O reflexo disso é a melhora nos preços constatados nos remates durante o ano, o que acredita-se não ser diferente na Feovelha, “a maioria dos remates pista limpa e com preço muito bom” disse Schwab, salientando ainda que “a Feovelha não vai ficar atrás pelo nome, pela história e pela tradição que o evento tem”.

Schwab ressalta também a vantagem da produção de ovinos em tempos de seca, o que demonstra a importância da presença da ovinocultura no Estado ajudando na renda do produtor, o que não tem acontecido com a produção bovina. Ainda sobre a produção ovina afirma que é preciso aumentar muito o rebanho para acompanhar a demanda interna e externa. A intenção dos produtores de ovinos é entrar nos principais mercados consumidores como Europa, Estados Unidos e Canadá. Atualmente Oriente Médio e Rússia estão fazendo contato com produtores do Brasil para a importação da carne ovina. A Europa ainda exige melhoramentos na parte sanitária mas é mercado certo para exportação. O consumo nacional hoje está em torno de 400g por habitante. O rebanho brasileiro é de aproximadamente 16 milhões de ovinos – 4 milhões estão no RS. Para que o consumo interno chegue a 2,5kg por habitante é necessário que o rebanho seja de 50 milhões de ovelhas no Brasil. Com números ainda pouco expressivos a realidade hoje é o cordeiro como um dos pratos mais caros nos restaurantes do país.

O clima do Brasil é favorável para a ovinocultura. Mesmo com grandes diferenças climáticas, existe uma boa adaptação das raças conforme a região, o que favorece o aumento do rebanho. O material genético do Brasil é um dos melhores do mundo, mas para entrar nos principais mercados ao redor do mundo, como Europa e Oriente Médio, é necessário aumentar o rebanho e criar um programa sanitário para ovinos, o mercado externo hoje traz restrições principalmente por causa da febre aftosa.

Germano Neres
RP 12.721
Assessoria de Imprensa - Laruê Agência
Foto: Carlos Eduardo Nogueira

Um comentário:

Cybele disse...

Satisfação por ter esse evento em nossa cidade e mais ainda satisfação por ter
á frente de boa parte das decisões e resultados, uma amiga e mulher tão competente.
bj querida Jaque