O vereador Ulisses (PSDB) solicitou ao executivo a informação sobre uma possível divida (glosa) que o ex-prefeito possa ter junto ao município. Se ela existir, -e Ulisses sabe que existe-, solicita o valor e o prazo que Felipe tem para efetuar o pagamento.
Conversei por telefone com o ex-prefeito Felipe, que estava no STR, onde é diretor da entidade. Ele me disse que ainda não havia se informado sobre o pedido do vereador. No inicio, Felipe amenizou o caso, é uma prerrogativa do vereador, qual seja, de fiscalizar e solicitar as informações que julga pertinente. Felipe adiantou que acha que o vereador está se referindo a uma multa aplicada pelo TCE e que ele ainda possui prazo para o pagamento e até pode parcelar. “esse tipo de multa é comum ser aplicada aos prefeitos pelo TCE. Estou tranqüilo, até porque o TCE aprovou as minhas contas de 2008 e as de 2007, por inexperiência não recorri, portanto não me defendo, valendo o primeiro parecer dado. Se estivesse recorrido, teria revertido”, explica.
Alfinetando, Felipe disse que talvez o fato dele ser pré-candidato pelo PTB já esteja incomodando. “Espero que o vereador (Ulisses) explique à comunidade e ao judiciário o seu indiciamento com outras duas pessoas em denúncias apuradas em uma CPI feita pela câmara, quando este era gestor da Secretaria de Obras”cutuca, se referindo claramente a CPI dos Combustíveis.
No e-mail agora, Ulisses rebate e também alfineta Felipe. Para o vereador a multa que Felipe diz que é comum entre os prefeitos do Estado não é verdade. “As multas do Tribunal tem como valor básico R$ 1,5 mil. Ele foi condenado a devolver mais de R$ 40 mil pagos indevidamente, o que se chama de glosa, por ter vendido suas própias férias e de outros secretários, tendo agido claramente em beneficio próprio, como se estivessem recebido um 14º salário. Baseado no principio de que todos são iguais , pergunto se algum funcionário da Prefeitura na época fosse pedir ao então prefeito Felipe a venda das férias, se ele as pagaria?”, indaga Ulisses.
O vereador diz no e-mail estranhar que quando ele foi Secretário de Obras, o prefeito era o Felipe da Feira, portanto, destaca Ulisses, o responsável por ordenar as despesas da Prefeitura. No caso, Ulisses está se referindo a insinuação de Felipe de que ele foi implicado na famosa CPI dos Combustíveis. “Além disso, o setor de almoxarifado, responsável pelo controle do abastecimento dos veículos, não era subordinado a Secretaria de Obras”, defende-se Ulisses. O vereador tucano disse que está tranqüilo. “Até porque não fui condenado por nada, ao contrario do ex-prefeito que já foi condenado em 2007 e a câmara de vereadores o absolveu e volta a ser condenado a devolver dinheiro público da gestão de 2008, numa situação clara de mau uso do dinheiro público e em beneficio próprio”.
Fonte: Tribuna do Pampa
